14 - Matheus

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Horas antes...

Já está tudo arrumado aqui, está montado como se fosse um karaokê, e acho que vai ser tipo isso, os convidados vão poder cantar também, vou em casa troco de roupa e volto pro local do evento.

- Está aqui o que pediu. - diz Pedro me entregando um violão.

- Obrigada.

- Está bem?

- Estou sim, deve ser nervosismo.

- É assim mesmo, até com os mais famosos. - diz sorrindo. - Licença que os primeiros convidados chegaram, se prepara aí.

- Pode deixar. - sorri.

Pego meu telefone e ligo pra Larisa, mais só dá em caixa postal, quando entro no whatsapp vejo que tem uma mensagem dela que eu não li que é de cinco horas, são seis então faz uma hora que ela enviou.

"Eu sei que o que tivemos foi muito bom, mais só fiquei com você pra provocar meu pai, pra ele deixar eu ir pra Londres estudar, sinto muito se eu te iludi falando que te amava, mais a verdade doe né? Então, eu nunca te amei, olha pra mim, olha pra você, você morra em um buraco, já viu o luxo do meu quarto? Nunca vai chagar aos pés, sinto lhe dizer mais estou agora no meu jatinho particular indo pra bem longe, espero nunca mais te ver e que você me esqueça se um dia me amou e não estava só interessado no meu dinheiro."

Sinto um aperto no perto, e uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

Ela não faria isso.

Subconsciente: Quem você era perto dela? Apenas um brinquedinho, dava pra ver de longe.

- O produtor chegou, acho que na pode começar a dar o seu show. - diz Pedro sorrindo. - Você...

- Eu estou ótimo. - digo secando algumas lágrimas. - Posso cantar uma música e depois volta?

- O palco e seu, temos a noite toda pra te ouvir. - diz saindo.

Desligo o telefone, pego um banco, coloco na frente do microfone, me sento e dedinho o violão e uma luz se acende em cima de mim.

🎶🎶🎶🎶🎶🎶🎶🎶

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- "Eu só quero pedir pra que as vagabunda não se ofendam, mais esse som eu fiz pra uma dama, baseada em fatos reais começa mais ou menos assim...

Ele chegou da pista, viu a cama e foi cochilar
Ela acordou, abriu a janela, e viu o sol nascendo no mar
Ele abriu a geladeira, de novo pão com mortadela
Ela comeu croissant, com ovomaltine e nutella

Ela fazendo dieta
Ele larica no posto
Ele nas roda de freestyle
Ela na novela das oito
Ele catando a roupa do cesto pra poder sair
Ela no Victoria Secret, morango com chantily

Ela era da Absolut
Ele era da cachaça
Ela era geração saúde
E ele geração fumaça
Ele se arruma em um minuto
E ela horas no espelho
Ele com os olhos avermelhados
Ela com as unhas de vermelho

Ela no carro da amiga
Ele dentro no buzão
Ela indo pro circo
E ele pra fundição
Ele bebendo cerveja parado em frente ao podrão
Ela passa com um copo de gelo e de Redbull na mão

Ele se apresentou
Ela sorriu
Ele chegou juntin no ouvido
Ela caiu
Ele ratin de desenrolo
Ela beleza indescritível
E começa a história
De um amor impossível

O Vagabundo E A DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora