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Acredito que todos temos almas gêmeas
A chance de um dueto perfeito...

Acredito que todos temos almas gêmeasA chance de um dueto perfeito

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Julie's PoV

Ok, eu achei que o carro não tinha me acertado mas eu claramente me equivoquei. Ele não só me acertou como eu também bati a cabeça muito forte.

Essa é a única explicação plausível para o literalmente homem dos meus sonhos estar parado na minha frente. Ou eu tô sonhando?

Olho pra mim. Ainda estou com a mesma roupa que quando saí de casa. Nada de vestidos rodados até o meio dos tornozelos. Passo a mão nos cabelos. Ainda são os bons e velhos cacheados. Nada de liso e muito menos de franjinha.

Ok, não tô sonhando. Mas então o que explica o cara que até então habitava meus sonhos estar no mesmo ambiente que eu?

Ai meu Deus eu morri!

- Moça, está me ouvindo?- ele estala os dedos na minha frente. É a mesma voz! Como isso é possível? Meu coração acelera e um arrepio me percorre ao escutar a voz tão conhecida.

Mas se meu coração tá batendo enlouquecedoramente... Eu ainda tô viva.

- Moça?- Charlie continua me chamando.

- Oi? Tô ouvindo sim!- Até mais do que devia.

- Desculpe. Você surgiu na minha frente. Eu acabei te atropelando.- ele parece muito envergonhado e preocupado.

Voltemos a hipótese do sonho. Se fosse um cara de verdade estaria me xingando de todos os nomes possíveis por me meter na frente do seu carro. Olho bem pro homem que é a cara de Charlie. Camisa branca sem gravata completamente fechada, um terno por cima. Nada de suspensório, jeans e nem gel nos cabelos que são um pouco mais curtos. Desço o olhar para os olhos e eles são...

Pretos. Completamente pretos. Bem diferentes das esmeraldas que invadiam meus sonhos toda noite.

Será que é tipo uma nova temporada? Uma nova época, novas roupas, novas aparências.

Mas como se ainda nem terminei aquela?

- Quebrou alguma coisa?- ele pergunta.

- Não, acho que... ai!- digo ao tentar me levantar e sentir uma dor aguda no tornozelo.

Mas um sonho não devia doer tanto né?

Ok, já deu pra perceber que tô bem acordada e esse cara é real.

- Onde dói?- ele pergunta.

- Aqui!- digo apontando pro tornozelo e ele se aproxima, levantando a barra da calça e analisando. Quando sua mão encosta na minha pele, por mais que seja por apenas um instante, sinto um arrepio me percorrer. Mas será possível? Até as sensações que ele me causa são as mesmas!

A love so realOnde histórias criam vida. Descubra agora