Muito antes da época de RBD, Dulce sentia que não era só amizade que via na presença de Anahí. Sentia que queria muito mais, porém a falta de coragem sempre a impediu que se declarasse.
10 de maio sempre ocupava um lugar especial no coração de Dulce, pois era o aniversário de Anahí. Desde que se conheceram, Dulce fazia questão de transformar esse dia em algo inesquecível para a amiga, sempre caprichando nos gestos e surpresas. E, como não poderia ser diferente, naquele ano ela já tinha planejado tudo.
A comemoração seria íntima, apenas com os familiares de Anahí, porém, Dulce sempre passava em sua casa para lhe dar um abraço e Anahí já a esperava, nem era necessário convite. Chegando na casa da amiga, Dulce segurava um embrulho bem decorado em mãos, tentando esconder a ansiedade que sentia.
Dulcebateu na porta de Anahí e ela foi correndo atender.
— Parabéns, amiga! — exclamou Dulce, jogando-se nos braços de Anahí com um abraço apertado.
Anahí riu, contagiada pela energia de Dulce.
— Que linda surpresa, Dul! Que bom que veio!
Dulce afastou-se apenas o suficiente para encará-la, estendendo o presente com um brilho nos olhos.
— E trouxe um presentinho!
— Ah, não precisava, amiga! — respondeu Anahí, embora o sorriso largo denunciasse que estava feliz com o gesto.
Sem resistir à curiosidade, Anahí começou a abrir o pacote ali mesmo. O papel de embrulho foi cuidadosamente desfeito, revelando primeiro uma blusa na sua cor favorita — um tom vibrante de rosa que sempre a fazia se destacar.
— Ai, que linda! Rosa, minha cor preferida! — exclamou Anahí, segurando a blusa com admiração.
Logo em seguida, ela retirou o segundo item do pacote. Era um porta-retrato em forma de coração, com uma foto das duas abraçadas, rindo em um momento cheio de cumplicidade. Anahí segurou o objeto por alguns segundos, e seu sorriso vacilou ligeiramente. Seus olhos foram da foto para Dulce, enquanto um misto de constrangimento transparecia em sua expressão.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Que lindos! Adorei! Obrigada, amiga! — Anahí disse, tentando disfarçar o desconforto.
— Oba! Que bom que gostou! — respondeu Dulce, radiante, sem perceber o embaraço da amiga.
Anahí colocou o porta-retrato de volta dentro do embrulho, mas segurou a blusa, exibindo-a com carinho.
— Vamos entrar! Algumas pessoas vieram me visitar... — disse, conduzindo Dulce para dentro da casa. — Olha, Dul, você já conhece todo mundo: minha mãe, minha irmã, meu cunhado, a Ana Paula, o Santi... e meu namorado.
— Claro que conheço! — respondeu Dulce com um sorriso caloroso, indo abraçar cada um dos presentes.
Anahí não demorou para exibir o presente com entusiasmo.
— Olha a blusa linda que a Dul me deu!
— Que linda mesmo, filha! Você acertou, Dulce. — Marichelo, sua mãe, sorriu, encantada.
