Capítulo 29

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Calleb Vacchiano

Depois de escutar o som de tiro, eu olho para Allanna e vejo que ela está sangrando, ela olha pra mim e logo depois desmaia. Eu sou rápido em segurar ela e botar minha mão em cima do ferimento dela para poder estancar o sangue.

- Allanna acorda, por favor acorda. - falo chorando. - ALGUÉM ME AJUDA. - grito e vejo uma mulher loira correndo até Allanna.

Olho pro Andrei que está caído sem vida no chão, filho da puta cretino tem sorte de ter morrido com um tiro na cabeça e não sendo torturado no galpão. Olha como eu queria torturar ele agora por interromper meu casamento, atirar na minha esposa grávida e ainda ter feito ela sofrer no passado.

- Senhor. - saio do meu pensando e olho para a mulher. - Sou a doutora Rossi, precisamos levar a Allanna para um hospital agora. - concordo.

Me levanto com a Allanna nos meus braços e ando o mais rápido que posso pra saída sendo seguido pela doutora e outra pessoa que eu não vi quem é. Meu motorista já está no carro esperando a gente.

- Victor vai com eles atrás e preciona o ferimento. - a doutora fala e entra na frente com o motorista. Eu entro atrás com a Allanna e o tal Victor que faz o que a doutora disse, percebo que o carro está se mexendo.

- Ela vai ficar bem. - ouço o homem do meu lado falar e olho pra ele. - Ela é forte e vai ficar bem. - concordo.

Posso ser um mafioso, capô da maior máfia italiana, mas vendo a Allanna desse jeito me fez esquecer tudo que eu sei. Ver minha mulher nos meus braços sangrando entre a vida e a morte, e com a possibilidade dos meus filhos morrerem ou crescer sem mãe me assusta e muito.

- Senhor Vacchiano, qual é o nome da obstetra dela? - a doutora pergunta.

- Dra Pietra Bellini. - falo e ela concorda virando pra frente, pegando o celular dela e começando a falar com alguém.

Logo depois chegamos ao hospital, vejo que tem uma maca, saio do carro com Allanna nos meus braços e ponho ela na maca e logo os enfermeiros a levam para dentro, sigo atrás mas só vou até a recepção e vejo eles entrarem com ela.

- Senhor? - alguém me chama. Eu olho e vejo que é o Victor. - Me acompanhe. - ele pede e eu sigo ele até o elevador e lá ele aperta o 4° andar. Ficamos em silêncio até o elevador parar e eu sigo ele até a sala de espera de lá. - Fique aqui, vou ficar lá embaixo esperando os outros chegarem. - concordo.

- Não era para você está com a Allanna agora? - pergunto.

- Era, mas já tem muita gente cuidando dela e dos gêmeos. Além disso eu tenho que ficar lá em baixo pra ajudar os outros que vão chegar. - ele fala e some do meu campo de visão.

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- Cadê ela? - Czar pergunta e eu olho pra ele e vejo que está todo mundo ali: minha mãe, meu pai, meus irmãos, Thomas, os irmãos da Allanna e a Charlotte.

- Levaram ela lá pra dentro. - falo sentando derrotado com a mão na cara. Ela não pode morrer, não pode! Essa frase ficar rondando a minha cabeça.

Olho de novo pro pessoal e vejo Millena, Czarina e Charlotte com os olhos vermelhos; olho pro Czar, que está com uma expressão sem vida e distante; olho pro Luca e Thomas que estão com uma expressão cansada no rosto, e por último olho pros meus pais que estão abraçados. Percebo que minha mãe está chorando e meu pai tentando acalmar ela.

- Como ele conseguiu entrar? - pergunto

- Ele deixou um dos seguranças inconscientes, e vestiu a roupa dele. - Thomas responde.

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Já se passaram horas que estamos aqui e não tivemos nenhuma notícia ainda. Minha mãe acabou dormindo no ombro do meu pai, as meninas estão tentando se destrair conversando, mas acho que não está dando muito certo, e os meninos estão sentandos olhando pro nada nos seus próprios pensamentos, e eu, bom... Estou andando de um lado para o outro nessa sala. Vejo a Pietra e a outra médica que não me engano se chama Rossi vindo na nossa direção.

- Como eles estão? - é a primeira coisa que eu pergunto quando elas param na minha frente. Vejo os outros se levantarem e vindo até mim.

- Tivemos que fazer uma cesariana de emergência. - Pietra começa a falar. - Parabéns Calleb, você é pai de uma linda menininha e de um lindo menininho. - Ela fala e eu dou um sorriso pequeno. - Mas como eles nasceram com apenas sete meses, tivemos que por eles na incubadora pra ver seu desenvolvimento.

- Já a Allanna. - olho pra doutora Rossi. - tivemos que fazer uma cirurgia porque a bala ainda estava alojada dentro dela. Felizmente a bala não atravessou nenhum órgão, mas com a cesariana de emergência e a cirurgia ela perdeu muito sangue, infelizmente o tipo sanguíneo da Allanna é O-, isso quer dizer que ela só pode receber doação desse mesmo tipo sanguíneo. No nosso banco de sangue não tinha a quantidade de sangue ideal pra ela, então precisamos saber se algum de vocês tem o mesmo tipo sanguíneo do que o dela. - depois da doutora falar, eu caio sentado numa das cadeiras. Só de saber que eu não tenho o mesmo tipo sanguíneo do que a minha amada isso me quebra.

- Eu tenho o mesmo tipo sanguíneo.

Grávida de um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora