Czarina Pellegrini
Cazzo, vejo minha irmã vindo na minha direção. Por que não percebi que vim logo para o hospital que ela trabalha?! Minha irmã não sabe que faço parte de uma máfia, sempre dei alguma desculpa quando precisava viajar pra cuidar de alguns negócios da máfia.
- Czarina, vai me contar o que aconteceu? - Allanna pergunta.
- Levei um tiro de raspão. - falo a verdade.
- Mas como isso aconteceu? - Allanna pergunta. Vejo que ela tá com raiva e triste por saber que eu já levei alguns tiros e sempre invento desculpa. - Quero que me conte a verdade, chega de inventar desculpa.
- Allanna, queria muito te contar, mais não posso. - Falo e vejo Allanna me olhar por alguns segundos, e logo virar as costas e sair.
Calleb vai atrás dela e fico com o Luca. Quando ela não fala nada, apenas fica em silêncio é porque está desapontada, com raiva, triste, magoada. Mas eu não posso simplesmente contar pra ela que eu faço parte de uma máfia e que já matei várias pessoas.
Quando tinha 16 anos meus pais morreram num acidente de carro, mas a segunda coisa pior foi que eles morrem no aniversário de 18 anos da Allanna, desde então ela cuidou de mim e do meu irmão até os 18 anos, aí depois de completar 18 anos eu fui atrás de um emprego.
Acabei achando uma vaga para ser secretária na empresa do Vacchiano, na época quem estava à frente dos negócios era o senhor Enrico, o pai do Calleb, aí eu comecei a trabalhar o dia todo e fazia faculdade de noite de administração.
Quando eu me formei o senhor Enrico me chamou na sala dele, e me contou que ele era o capô da máfia italiana, e me fez uma oferta, a oferta era pra mim entrar para máfia, e eu aceitei. Vocês devem tá pensando porque eu aceitei, mas isso é uma história que eu quero esquecer, talvez eu conte um dia.
Assim que aceitei a oferta ele me fez assinar um contrato, mas antes eu li cada linha. O contrato dizia que eu ia ter que ficar um mês sendo torturada, ia aprender a lutar e atirar, e também ia fazer viagens em nome dele. Com isso eu me tornei uma pessoa fria.
- Posso saber em que você está pensando? - Luca pergunta.
- Não, não pode.
Como a médica tinha terminado de suturar o meu braço, eu levanto e vou atrás da Allanna, mas quando acho ela, ela está conversando com Calleb, e eu acabo escutando a conversa.
- Não, Calleb, foi só foi uma tranza. Eu não saio e nem durmo com o mesmo cara mais de uma noite. - Allanna fala e saí enquanto Calleb fica parado vendo ela sair. Vou até ele.
- Calleb, eu sei que você é o meu chefe, mas quero que fique longe da minha irmã, não quero que ela sofra. - Ele assente e saí, me deixando sozinha.
Calleb tem uma prometida, e não quero que Allanna sofra com isso. Então é melhor deixar como está, só foi uma tranza deles dois, e não vai resultar em nada.
Vejo que são 17:30, esse é o meu horário de saída, não preciso volta para a empresa, então pego um táxi e vou pra casa. Quando chego em frente do prédio onde eu morro, eu pago o motorista, desço do táxi, entro no prédio e vou até o elevador, quando chego em frente à porta do apartamento onde moro com meus irmãos e minha melhor amiga Charlotte.
Entro e vejo que não tem ninguém em casa, então vou para o meu quarto tomar um banho, trocar de roupa, e trocar o curativo, depois de trocar o curativo eu saio do quarto vestida com um pijama de unicórnio, vejo que minha irmã na sala.
- Allanna? - chamo, mas ela me ignora. - Allanna deixa de drama e me responde.
- Quer que eu fale o quê? Quer que eu te parabenize por ter levado um tiro? - pergunta.
- Não, mas... - Allanna me interrompe.
- Mas o que, Czarina?! Você mudou! Se tornou uma pessoa fria! Sempre inventa uma desculpa quando vai viajar, sempre inventa uma história quando levar um tiro, isso tem haver com quando você sumiu a dois anos atrás? Quando você ficou três meses sem dá notícias? - Allanna pergunta, mas eu só abaixo a cabeça.
Eu não posso falar que esses três meses me tornaram uma pessoa fria. Vejo uma lágrima descendo pelo rosto da minha irmã, mas imediatamente ele trata de limpar, eu vejo que ela está magoada comigo.
- Me doe saber que você não confia em mim pra me contar o que aconteceu durante os três meses que você ficou fora. E também me doe ver você chegar por aquela porta e tá toda machucada. Mas eu não posso te obrigar a contar nada, você já é adulta e sabe se cuidar. - Com isso ela me deixa sozinha e vai para o quarto dela, vou até o meu quarto e troco de roupa.
Eu pego a chave do meu carro e saio do prédio. Vou até a minha touro vermelha, entro nela e dirijo até academia da máfia. Preciso descontar minha raiva por não poder contar a verdade para minha irmã, eu odeio ver ela triste, ainda mais quando eu deixo ela triste.
Chegando lá eu vou até a salinha onde fica o equipamento de luta, ponho as luva de boxe e vou até um saco de boxe e começo a socar. Fico alí socando, e não me importo se passou minutos ou horas, eu só preciso descontar minha raiva.
Quando paro vou até o barzinho que tem alí, e começo a tomar whisky, não sei quantos copos eu já tomei, só sei que eu tô bêbada, e não posso voltar pra casa dirigindo, então decido ligar para a única pessoa que eu sei que pode vir me buscar.
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Grávida de um mafioso
RomanceAllanna Pellegrini teve que amadurece no dia do seu aniversário de 18 anos quando seus pais acabaram morrendo em um acidente de carro, com isso ela teve que cuida dos irmãos que tinha apenas 16 anos na época. Mais agora ela está com 28 anos, ela so...