Capítulo 22

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Luca Vacchiano.

Depois que Czar termina de contar o que o tal Andrei Ivanov fez com a Allanna eu olho pro Calleb e vejo que ele está com um olhar assassino, devo dizer que ele deve está se imaginando matando aquele desgraçado de várias formas. Olho para Czarina e posso dizer que ela está se culpando pelo o que aconteceu com a Allanna e ela não esteve aqui pra ajudar. Ela se levanta e vai em rumo a saída, me levanto e vou atrás dela.

- Czarina? - ela para e me olha, vejo que ela está chorando. Nunca vi Czarina tão frágil como agora, com um olhar de culpa, só de ver ela assim faz meu coração doer.

- Me tirar daqui por favor. - ela sussurra.

Eu vou até ela, pego em sua mão e levo-a até meu carro, abro a porta do passageiro e ajudo ela entrar no carro, dou a volta e entro pela porta do motorista.

- Que ir aonde? - pergunto.

- Qualquer lugar. - ela fala e encosta a cabeça na janela do carro.

Quando uma pessoa entra para a máfia, ela fica um período de três meses fora sem nenhum contato, fica um mês sendo torturada, quando sobrevivem a tortura ficam dois meses aprendendo a atirar e a lutar, depois desse tempo a pessoa volta pra sua família e ainda fica treinando luta e tiro na academia que a máfia tem. Paro o carro e vejo que Czarina olha pra fora da janela e depois me olha.

- Sempre venho aqui pra espairecer um pouco - falo e ela concorda saindo do carro.

Saio do carro também e olho a bela vista da cidade de Roma, aqui da de ver a cidade toda, achei esse lugar por acaso. Czarina se senta no chão e olha pra cidade, vou até ela e sento ao seu lado.

- É bonito. - ela fala com os olhos cheio de lágrimas.

Abraço-a e ela chora mais ainda, sinto minha blusa ficando molhada por causa das suas lágrimas, não falo nada, ela se acalma um pouco, e volta a olhar a vista.

- Eu sei que foi errado sair daquele jeito da casa dos seus pais, depois de tudo que Allanna disse, depois de falar que foi espancada e como aquele homem fez questão de estuprar ela quando eu não estava, só de pensar que eu poderia está lá, que talvez eu pudesse ter impedido de acontecer isso com ela, poderia ter ficado com ela no hospital, mas não, eu estava ocupada demais aprendendo a lutar e atirar e me convencendo que eles estavam bem. Mas não! Ela estava sendo espancada e estuprada, passou três semanas em coma! Eu devia ter estado quando ela precisava mais de mim, eu devia.

- Não é sua culpa, você não sabia que isso ia acontecer. - falo abraçando ela. - Agora aquele cara não vai mais se aproximar dela, sabe por quê? - pergunto e ela nega com a cabeça. - Porque agora ela vai ter você, tem o Calleb, tem a mim, tem a mamãe e o papai, tem a Millena, tem o Czar e a Charlotte, todos nós vamos proteger ela. Agora somos todos uma só família. - falo e enxugo as lágrimas dela. - Se ele ousar fazer alguma coisa com ela e com nossos sobrinhos, ele já pode ser considerado um homem morto. - falo e beijo a cabeça dela e volto a abraça ela.

Apreciamos a bela vista que a natureza nos proporcionava e ficamos assim por algum tempo.

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- É melhor a gente ir. - falo e ela concorda.

Nós levantamos, fomos até o carro, entramos, eu dou partida no carro e seguimos o caminho de volta.

Depois que chegamos na cidade, meu celular e o dela começam a apitar, mas eu não olho porque estou dirigindo. Paro no sinal e pego meu celular, vejo que tem uma mensagem da Millena, falando pra mim levar a Czarina pra casa já que a mamãe convenceu eles a dormirem lá.

São quase duas horas da manhã quando chegamos na casa dos meus pais. Descemos do carro e entramos na casa que já estava toda escura, subimos as escadas e eu levo ela para um dos quartos de hóspedes.

- Boa noite Czarina. - desejo.

- Boa noite Luca. - ela fala, mas antes de entrar no quarto ela se vira - Obrigada por hoje. - ela diz e fecha a porta.

Eu vou até o meu quarto, tomo um banho, visto uma cueca boxe e deito na minha cama e acabo dormindo.

Czarina Pellegrini.

Depois que Luca me deixou no quarto eu entrei, tomei um banho, me deitei e fiquei pensando em tudo que aconteceu hoje.

Descobri que minha irmã já foi espancada e estuprada quando eu não estava por perto. Saí depois de tudo que ela disse, passei um tempo com o Luca, que me mostrou hoje um lado que eu não conhecia, um lado sentimental.

Sei que foi errado eu sair daquele jeito, mas eu não sabia o que fazer e pode ter certeza que se o Andrei fizer alguma coisa com a Allanna e com meus sobrinhos eu vou caçar ele até no quinto dos infernos. Acabo pegando no sono com o pensamento de conversar com a Allanna amanhã.

Grávida de um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora