Capítulo 8

48.9K 2.9K 263
                                    

Allanna Pellegrini

Acordo com o meu celular tocando, vejo que é a Czarina, e, mesmo eu estando magoada com ela, atendo.

Ligação on

- Alô. - falo

- Ah, oi maninha. - Czarina fala aparentemente bêbada. - Eu sei que você está magoada comigo, mas você poderia vir me buscar? Não tô em condição de volta pra casa dirigindo.

- Posso, aonde você está? - pergunto - Melhor mandar a sua localização por mensagem.

- Tá bom. - Ela fala e desliga.

Ligação off

Pouco depois recebo a mensagem com a localização dela e respondo que em 30 minutos tô lá. Vejo que são 2:30 da manhã, levando, visto uma roupa, vou no quarto do meu irmão, bato na porta e ele logo aparece com a cara toda amassada.

- Espero que seja importante por ter me acordado as 2:35 da manhã. - Czar fala.

- Czarina acabou de me ligar pedindo para busca ela. - falo. - Ela disse que não tá em condição de voltar pra casa dirigindo e também percebi que ela está bêbada.

- Então vai lá buscar ela. - Czar fala.

- O seu idiota, ela foi com o carro, preciso de alguém que vá comigo buscar ela pra trazer o carro de volta. - falo.

- Hum... Ok, vou vestir uma roupa. - Czar fala, e logo volta para o quarto fechando a porta.

Enquanto ele vai vestir uma roupa, eu vou no quarto da Charlotte. Bato na porta e logo ela atente com a cara toda amassada.

- Preciso que você prepare um remédio pra ressaca e com café super forte por favor. - falo sem rodeios.

- Pra que você quer tudo isso? - Charlotte pergunta.

- Czarina acabou de me ligar aparentemente bêbada e pediu pra mim ir buscar ela, eu chamei o Czar pra ir comigo pra ele trazer o carro dela. - falo e ela concorda.

- Estou pronto. - Czar fala.

Saímos do prédio e vamos até o meu carro. Entro nele no banco do motorista e Czar entra no banco do passageiro, antes de dar partida eu entro na localização que Czarina me mandou e dou para o Czar, depois de 20 minutos chegamos no lugar e logo percebo que é uma academia de luta.

Czar e eu descemos do carro e entramos na tal academia. Encontramos Czarina bebendo e vamos até ela e logo percebo que ela arrebentou os pontos dela.

- Meu Deus Czarina, você está sagrando! - Czar fala correndo até ela.

- Ah, isso é só um tiro de raspão. - ela fala na maior tranquilidade.

Eu ando até eles e pego a garrafa de whisky da mão dela e deixo em cima do balcão; Czar pegar ela no colo e leva até o meu carro, e eu pego suas coisas que estão em cima do balcão e vou até eles, quando chego lá, entrego as chaves do carro dela para o meu irmão e ele vai até o carro dela e entra. Logo entro no meu carro e dou partida, olho no retrovisor e vejo que Czar tá vindo atrás de mim.

- Ma...ni...nha me des...cu...pa. - Czarina fala, mas eu permaneço calada. - Qual é Allanna, eu só que...ro pro...te...ger você, o Czar e a Charlotte.

Não respondo. Olho pra ela e depois volto a olhar pra estrada, e logo ela bufa e se vira pra janela. Mas a pergunta que vem na minha cabeça é: ela quer nos proteger de quê?

Paro o carro na garagem do prédio e logo atrás Czar para o carro na garagem da Czarina. Ele desce do carro e vem até o meu, abri a porta do lado do passageiro e pega a Czarina no colo, e olha pra mim.

- Vai descer não? - Czar pergunta

- Não, daqui a pouco eu vou. - falo. Ele me olha por uns segundos mas logo concorda, fecha a porta do carro e entra no elevador da garagem com a Czarina no colo.

Travo o carro e fico lá dentro pensando. Na minha cabeça vem o dia que Czarina sumiu por três meses, ela só deixou uma carta, falando que ia resolver um problema e não sabia quando voltava, e também tava escrito que não ia manter contato porque pra onde ela iria não tinha sinal.

Antes dela ir resolver o que quer que seja, ela era doce, meiga e sorria sempre, mas quando ela voltou, não era mais a menina que tinha ido resolver o tal problema. Ela voltou com um olhar perdido, voltou fria e não sorri mais como antes. Além disso, ela também estava com várias cicatrizes pelo corpo, a gente perguntou como ela tinha arranjado aquelas cicatrizes, mas ela só disse que não importava.

Hoje foi a primeira vez que ela foi para o hospital com ferimento de bala, na hora fiquei apavorada, mas assim que vi que era de raspão, eu perguntei pra ela, mais ela disse que não podia contar e, pra piorar, o Calleb tava lá e quando eu saí ele veio atrás de mim.

Algumas horas antes. On

- Allanna, espera! - Calleb me chama fazendo-me parar. - Por que você foi embora hoje de manhã?

- Porque tinha que trabalhar. - falo. - Tenho que ir agora.

- Allanna espere, a gente pode marcar de sair de novo? - ele pergunta e logo trato de negar.

- Não, Calleb, foi só foi uma tranza. Eu não saio e nem durmo com o mesmo cara mais de uma noite. - falo e logo saio.

Algumas horas antes. off

Posso ter sido um pouco grossa, mas só falei o que eu faço desde... deixa pra lá. Foi só uma tranza, o que pode acontecer?

Percebo que passei 10 minutos dentro do carro, então decido sair e vou para o apartamento, até porque tenho que fazer um curativo no braço da Czarina.

Quando entro no apartamento, vejo minha irmã no balcão da cozinha comendo alguma coisa, vejo que já banharam ela, então sem falar nada vou até o meu quarto e pego meu kit de primeiro socorro. Volto pra onde Czarina tá e vejo que ela já terminou de comer.

- Czarina senta aí no banco que eu vou suturar de novo o seu ferimento. - Mando, e ela vendo meu tom de voz logo senta.

- Agora tá falando comigo. - ela fala e eu reviro os olhos sem responderr nada.

Czar e Charlotte me olham e eu só dou de ombro, abrindo o kit e começo a suturar o ferimento.

- Você ganhou mais dois dias com o braço saturado. - falo, e ela me olha com os olhos arregalados. - Ninguém mandou você ir da uma de boxeadora com o braço machucado.

- Allanna... - ela tenta falar, mas eu não deixo.

- Não quero saber das suas desculpas. Boa noite. - desejo e não espero nenhum dos três responder e vou para o meu quarto.

Guardo meu kit, visto o meu pijama, me jogo na cama e apago.

Grávida de um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora