Conselheiro amoroso

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Capítulo 11

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Capítulo 11

por N.C Earnshaw


    A BILE SUBIU PELA SUA GARGANTA assim que ela deixou Sasuke* para trás com uma expressão desconsolada. Ela limpou os lábios com as costas da mão, lembrando da língua de Shikamaru* explorando sua boca e tocando seu corpo. Uma pontada de arrependimento quis tomá-la, mas ela empurrou o pensamento para o fundo de sua mente. Sasuke* merecia vê-la com outra pessoa depois de passar anos esfregando em sua cara, garotas e mais garotas.

    — Se eu soubesse que ia apanhar, não teria concordado com essa ideia absurda!

    Sakura* grunhiu ao se dar conta que o Nara* ainda estava plantado em sua sala como um idiota. Não estava com um pingo de paciência para lidar com ele naquele momento. Tinha pensado que ao dar o troco em Sasuke* e fazê-lo perceber de uma vez por todas que ela sabia bem que os sentimentos dele não passavam de mentiras, traria-na satisfação. Mas estava errada.

    Ela se recusava a acreditar que seu coração estava apertado. O olhar que Sasuke* a lançou tocou em partes dentro dela que a kunoichi nem imaginava que existiam. Ele estava magoado de uma forma que a deixou sem ar.

    — O que você ainda está fazendo aqui? — O rosnado que ela deu em seguida fez Shikamaru* arregalar os olhos. Sakura Haruno* o dava calafrios.

    — Estou esperando a grana — sussurrou ele se encolhendo. O medo de ser atacado pela garota o fez dar dois passos para trás. — Você disse que pagaria assim eu terminasse o hã... serviço.

    "O que foi que eu fiz?", perguntou-se Sakura*, sentindo seu estômago embrulhar. A que ponto ela tinha chegado para se vingar? Pagar alguém para beijá-la com certeza era a sentença de que sim, tinha chegado ao fundo do poço.

    — Vai embora.

    Shikamaru* franziu o cenho, sem ter compreendido o que ela tinha falado.

    — O quê?

    — Sai daqui! — rosnou ela, cerrando os punhos e se virando de costas para ele.

    A vontade que tinha era de socá-lo até que toda sua raiva passasse.

    — E a minha grana? — Shikamaru* se xingou assim que as palavras escaparam de sua boca. A Haruno* não era conhecida por se conter quando provocada.

    — Sai da minha casa agora!

    O grito seguido do vaso quebrando bem ao lado da sua cabeça foram sinais o suficiente para Shikamaru* — por mais lerdo que fosse, entender que não conseguiria nada com ela naquele dia. Ele fugiu do apartamento o mais rápido que suas pernas podiam carregá-lo, parando para respirar apenas quando se viu distante o bastante.

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