Uma Dose de Ânimo

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Depois que elas se viram pela última vez naquela ponte, Eve voltou a mesmice, à vida sem graça que tinha antes de Villanelle aparecer no seu caminho. Ela continuou a trabalhar no MI6 mas só aparecia casos onde não tinha o menor interesse.

A verdade é que Eve se sentia vazia, sem ânimo e porque não dizer sem vida. Com Villanelle ela se sentia eufórica, sem Villanelle o mundo não tinha a menor graça. Ela pensava no porque disso todos os dias em seu subconsciente e todos os que viviam a redor dela sabia qual era o nome do desânimo de Eve Polastri.

Depois de quase 2 anos sem notícias dos 12 e muito menos de Villanelle, Carolyn chega animada ao MI6, com um sorriso largo e chamando toda a atenção da equipe:

- Bom dia pessoal, não sei se vocês ficaram sabendo do assassinato que aconteceu ontem no hotel Britch na Califórnia, encontraram um corpo perto do grande lago da cidade, aparentemente com sinais de tortura, mas a perícia encontrou isso (mostrou uma foto de uma homem com o corpo totalmente manchado na barriga com sinais de corrente elétrica pelo corpo) uma saída compatível com choque elétrico (mostra o pé com um furo no fundo).

Eve que estava afastada de todos na sua mesa ouvindo, se levantou rapidamente e correu para se aproximar da foto, quando olhou, viu claramente sinais de Villanelle na execução da vítima. E então sorriu disfarçadamente pelo canto da boca.

Mas Carolyn continuou:

- A polícia local identificou o corpo como sendo de um empresário rico local, ex traficante de drogas. Precisamos ouvir algumas testemunhas e descobrir no que ele estava metido. Eu quero que todos se empenhem nesse caso. Vamos trabalhar pessoal!
Quando Carolyn termina, Eve a acompanha até chegar na sua sala.

- Carolyn? Você acha que ele é quem eu tô pensando que é?

- Sim Eve, provavelmente ele é ligado aos 12.

- Eu sabia! Comemora Eve (é a primeira vez que fica excitada com algo nos últimos 2 anos).

- Temos que encontrá-la, ela pode nos ajudar. Eve continua.

L- Ela quem? Pergunta Carolyn.

- Ela... Villanelle! Responde Eve ooraempolgada.

- Você ainda tem dúvidas quanto a autoria do crime Carolyn?

- Você acha que foi ela? A mais velha pergunta com o cenho franzido.

- Sim, tenho 90% de certeza que foi uma mulher. Só pode ter sido ela. O crime é criativo, dinâmico e ela fez parecer algo natural. Isso é característico dela.

- Uau Eve, você conhece mesmo a nossa assassina favorita não é?

Eve fica meio sem jeito diante dessa afirmação da Chefe.

- Tá bom Eve, você tem a minha permissão de encontrar Villanelle e arrancar dela uma confissão, e quem sabe ela não nos ajude com esse caso. Procure o Hugo, ele pode ti ajudar a rastrear o celular dela. Certo?

- Ok. Responde Eve com um sorriso de satisfação no rosto, e saindo da sala como se tivesse tomado uma dose de ânimo maior do que seu corpo pudesse suportar. Ela chega rapidamente na mesa de Hugo e pergunta:

- Como eu posso rastrear um número de telefone?

- Bom dia para você também Polastre. Pode ser pelo número de série do celular ou pelo número de telefone.

- Mas eu não sei se esse celular ainda está ativo e funcionando. Constata Eve.

- Precisa ter certeza disso. Compre um celular descartável se for ligar diretamente pra conferir. Diz Hugo.

- Ok, Diz a morena. Depois eu ti mando o número por WhatsApp quando eu tiver certeza ta bom?

- Certo Eve.

...

A noite chega.

Eve fica largada no sofá com uma taça de vinho numa mão e o celular descartável na outra, pensando como faria para rastrear o celular de Villanelle.

Já era 10 horas da noite de uma sexta-feira quando teve uma ideia, "acho que eu tenho vou ligar, pensou e fez.

Do outro lado da cidade em um bar chique, Villanelle bebia sua 5ª taça de Martine em um camarote reservado, rodeado por lindas mulheres que ela nunca viu na vida e uma mesa cheia de bebidas caras. Ela sorria e gritava eufórica, sentimentos adquiridos através de um comprimido que o vendedor garantiu ser do bom. Prazeres todos artificiais.

Desde que ela e Eve decidiram se afastar, ela tentava uma coisa nova por semana, para fugir de tudo e para tentar não se sentir vazia. Ela estava bebendo demais, gastando demais, usando drogas demais.

Villanelle estava muito chapada e muito bêbada quando seu celular tocou a 1ª vez, ela nem sequer olhou o número desconhecido que a chamava com tanta persistência. Na 4º tentativa, uma garota que estava com ela atendeu: - Alô?

Não reconhecendo a voz de Villanelle, Eve começou a conversar com a garota:
- Olá, esse número é seu?

- Não, a dona está muito chapa...

A música estava muito alta e Eve pôde ouvir que eles estavam em uma festa.

Até que Eve ouviu uma confusão do outro lado da linha. Villanelle pegou o celular de volta e a morena a ouviu dizer:
- Porque você pegou meu celular sua vadia? E em seguida perguntou:
- Quem tá falando?

Eve paralisou, fazia tempo que não ouvia a voz da loira, mas podia reconhecê-la de longe.

Ela então desliga o celular, tendo agora a certeza que precisava, mandou o número imediatamente para Hugo, que em 5 minutos já sabia onde estava a desconhecida.

Eve então resolveu ir até o local, mas tinha que se vestir a caráter para passar despercebida e se infiltrar atrás de Villanelle, e assim fez, colocou uma roupa bonita e um casaco porque estava fazendo frio em Londres. Eve atravessou toda a cidade em 10 minutos, quando parou em frente a luxuosa boate.

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