DEPOIS DA PONTE

Ponto de Vista - Ana

POV ANA

Hoje é o meu primeiro dia no M16, eu sou investigadora criminal especialista em comportamento humano, me orgulho muito de quem eu me tornei.

Carolyn minha chefe me encontrou em uma palestra sobre crimes contra mulheres. Eu era a palestrante.

Eu já a conhecia e sempre a admirei pelo trabalho que fazia no governo.

Ela pediu pra falar comigo e eu como fã prontamente a atendi, era uma honra. A mulher me pediu pra trabalhar com ela, não era um trabalho comum. Ela me explicou do que se tratava e eu aceitei na hora, então aqui estou eu quase pronta para o meu novo emprego.

Chegando na sede onde ficava o departamento, subi pelo elevador e cheguei ao andar que ela me indicou. Haviam muitas salas e todas eram de vidro, devia ser difícil trabalhar olhando pra cara das pessoas, pensei.

Eu tinha que achar a sala de reuniões,  a chefe queria me apresentar para o restante da equipe.

A reunião foi tranquila, meus colegas parecem muito competentes e eu reparei em uma asiática que me observava do outro lado da mesa. Ela se parece muito comigo, mas não esboçou nenhuma reação como os outros, talvez só estivesse em um dia ruim.

A semana foi bem tranquila e na sexta-feira ao entrar no elevador, uma pessoa pedia ao longe que eu segurasse a porta, segurei e então me deparei com uma loira, bem vestida e muito bonita, falando obrigada. Seus olhos eram penetrantes e ela me olhava como se visse a minha alma.

Ela ficou um tempo me olhando, e eu me senti pouco confortável com isso, mas ela percebeu.

- Me desculpa, você é muito parecida com uma pessoa que eu conheço. Ela disse desviando o olhar de mim.

- Tudo bem, deve ser a moça asiática que trabalha comigo. Falei.

- Polastri, o nome dela é Eve Polastri. Muito séria, a loira fala como se eu tivesse a irritado.

- Isso, deve ser esse mesmo o nome dela. Você é nova por aqui? Pergunto.

- Não, é que eu venho só uma vez por semana. A propósito meu nome é Vilanelle.

Ela estende a mão em minha direção, eu a pego e falo: Meu nome é Ana, prazer.

Quando chegamos, fui em direção a minha sala e ela me acompanhou, o papo estava bom, falamos de muita coisa, ela parecia que estava flertando comigo, quando de repente ela ver a tal asiática atravessando o corredor.

Villanelle para imediatamente de falar e a observa em cada passo, com os olhos vidrados e a boca entreaberta.

Eu nunca tinha visto reação como aquela em toda a minha vida de especialista comportamental, parecia que a morena tinha uma espécie de imã ou polo magnético sob Villanelle.
Difícil admitir mas a loira acabara de se tornar uma incógnita para mim e perguntas surgiram na minha cabeça, "será que elas tinham alguma coisa?", "Eram um casal ou villanelle gostava da moça em segredo?"...

- Oiiiii, tá tudo bem? Viu passarinho verde? Perguntei curiosa pela reação dela.

Foi então que saindo do transe e abrindo um sorriso, ela fala alguma coisa referente a um passarinho azul. Eu não entendi muito bem e então ela continuou a me provocar piscando um olho pra mim, falando que tinha que sair mas que voltava depois. Eu assenti e só depois dela sair, consegui me concentrar no trabalho.

Duas horas se passaram e ela ainda não tinha voltado, talvez estivesse trabalhando também.

Ela era meia maluca dava pra ver, mas eu havia gostado dela mesmo assim, era uma mulher interessante, sexy, sabia puxar assunto e se vestia muito bem.