Eighteen

Luke's Boyfriend

– É... eu tô namorando um menino...

Meu pai travou, a boca da minha mãe foi parar no chão e meus dois irmãos estavam com sorrisos maliciosos no rosto. Eu? Eu apenas olhava para eles com a cara mais calma do mundo, mas por dentro eu estava apavorado. Eu queria cavar um buraco e ficar lá dentro.

– MeninO? – Ben perguntou. Assenti com a cabeça e Bem e Jack começaram a rir igual duas hienas. Meus pais acordaram do transe em que estavam e olharam para meus irmãos como se eles fossem doidos. – EU SABIA! Essa sua carinha de moça nunca me enganou. Parabéns por sair do armário irmãozinho.

– Meu Deus, toca aqui, Luke. – Jack juntou nossas mãos em um High Five.

Minha tensão dissipou um pouco com a reação dos meus irmãos, mas ainda tinha meus pais. O olhar deles se voltou para mim de novo e eu me encolhi internamente. Esperei para que eles falassem alguma coisa; minha mãe foi quem começou.

– Qual o nome dele? Quantos anos? Estuda? Mora onde? Quando vamos conhecê-lo? – à medida que as perguntas iam saindo de sua boca, um sorriso se espalhava pelo seu rosto.

– Uma pergunta de cada vez mãe. O nome dele é Michael, ele tem 19 anos, faz direito, mora há dez minutos daqui e depois do nosso mês teste eu o apresento pra vocês.

– Mês teste?

– É... Estamos testando nossa relação pra ver se vai dar certo. É o meu primeiro namoro e ele é um homem. Eu só sei que eu gosto de ficar perto dele.

– Oh meu Deus, meu filhinho tá crescendo. – minha mãe veio em minha direção, me abraçou e encheu meu rosto de beijos. Depois do ataque de carinho que sofri meu pai sorri fraco para mim.

– Luke, vai demorar um tempo para eu me acostumar, mas eu só quero que seja feliz. – sorrimos um para o outro e meu celular começou a tocar.

Atendi e a voz de Michael encheu meus ouvidos. Instantaneamente um sorri apareceu em meus lábios e minha família fazia caras e bocas à medida que a conversa fluía. Eu e Mike combinamos de jantar na casa dele e assistir a algum filme clichê na televisão no dia seguinte.

Subi até o meu quarto e me deitei sentindo a maciez da minha cama. Fiquei pensando no dia que tive e, com certeza, ele tinha sido ótimo. Sorri pela milésima vez simplesmente pelo pensamento de estar namorando com Mikey. Eu não sabia o que eu sentia de verdade, mas eu sabia que era bom e que só iria aumentar se Michael continuasse a ser a pessoa irritantemente perfeita que ele era.

No outro dia – domingo – eu almocei com minha família, mas logo depois fui para a casa de Michael. Era incrível como eu não conseguia ficar longe dele por muito tempo. Quando Mike abriu a porta para mim ele estava só de boxer, o que fez com que eu o olhasse de cima a baixo, babando em casa pequeno pedacinho do seu corpo. Ele esperou meu olhar cair de volta ao seu para sorrir maliciosamente. Meu rosto queimou e eu sabia que eu estava mais vermelho do que meus Vans.

– Gosta do que vê, loiro?

– Até mais do que o necessário.

– Que bom! Entra. – entrei e ele foi em direção ao seu quarto.

– Já volto, eu só vou colocar alguma roupa. – ele falou no meio do caminho, mas eu corri até ele e segurei seu braço.

– Pra quê roupa? Eu gosto de você assim.

– É mesmo? – assenti com a cabeça. Ele chegou mais perto e sussurrou em meu ouvido. – Mas eu não me sinto preparado pra ser estuprado por você... Ainda. – segurei sua cintura o impedindo de sair de perto de mim.

– Mas se eu te convencer não vai ser estupro.

– E como você vai me convencer?

O puxei para mais perto e colei nossos lábios em um beijo quente, apertando minhas mãos em sua cintura e mordendo de leve seu lábio inferior. Mike colou novamente nossos lábios e entrou com sua língua em minha boca começando uma dança lenta, mas que me deixava cada vez mais perdido em nosso beijo. Depois de alguns segundos ele cortou o beijo.

– É, eu acho que você me convenceu.