Michael's House

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Porra, porra, porra, porra. Era tudo que passava pela minha cabeça enquanto eu olhava dentro daqueles olhos verdes. Senti meus joelhos perderem a pouca força que ainda tinham depois do beijo e eu fui caindo lentamente com Michael segurando meus braços para que eu não me machucasse. Quando eu já estava sentado, fechei os olhos e passei a mãos pelos meus fios loiros e só então percebi que estava tremendo. Abri os olhos e Michael ainda me encarava, mas sua expressão era de medo... Medo?

– Olha, eu sei que a gente acabou de se conhecer, mas eu gosto de você Luke, eu não vou falar que eu te amo, porque eu não amo. Amor é... eu não sei explicar, mas eu gosto de você. Muito mesmo. Eu quero estar do seu lado e essas baboseiras que a gente quer quando gosta de alguém.

Eu ouvia a voz dele falando e a cada palavra eu me perguntava se eu também gostava dele. Eu pensava nele 24 hora por dia, 7 dias por semana, eu queria ficar perto dele sempre. Eu adorava aquele jeito irritante que ele tinha de saber que era sexy, o jeito que ele olhava para mim como se eu fosse mais que um rostinho bonito, o jeito que ele me abraçava, o jeito que ele dançava comigo, o jeito que ele me beijava...

– Mikey...

– Luke, se você vier com aquela baboseira de que é hetero, eu vou te dar um soco.

– Eu não ia falar isso. Eu só... Eu não sei se eu gosto de você, mas eu acho que gosto, mas eu também tenho medo e eu não sei mais o que eu tô falando. Eu tô muito abalado emocionalmente pra...

– Essa foi a coisa mais gay que eu já ouvi na minha vida.

– Obrigado, seu idiota. – Michael sorriu e encostou nossos lábios em um selinho.

– Então, vai namorar comigo ou não?

– Eu...

– Que tal se a gente fizer um período de teste de um mês? Se você não quiser saber de mim depois de um mês de namoro cada um vai pro seu canto, mas se você quiser continuar a gente continua.

– Tá bem.

– Ok, vamos voltar.

Voltamos para perto dos meninos como se nada tivesse acontecido, mas estávamos de mãos dadas e rindo igual idiotas. Ashton, a cada vez que olhava para nossas mãos, parecia mais triste. Eu perguntei o que ele tinha, mas ele apenas negava com a cabeça e colocava um sorriso falso no rosto, fingindo que estava tudo bem. Shane e Alex olhavam para mim com a expressão de “que porra é essa” e Calum apenas sorria para nós dois como se ele já soubesse tudo que estava acontecendo. E eu não duvido nem um pouco de que ele sabia.

Já eram três da tarde quando Michael e eu decidimos ir embora. O sol já estava deixando minha pele vermelha e eu já me sentia exausto. Despedimo-nos dos meninos e fomos até meu carro.

– Quer carona? – perguntei e Mike sorriu afirmando.

O apartamento dele não era muito longe da minha casa, a pé deveria dar uns quinze ou vinte minutos. Estacionei o carro em frente ao prédio e nós dois ficamos em silencio por um tempo nos encarando. Um sorriso se formou em seus lábios e eu o acompanhei.

– O que foi? – perguntei ainda rindo.

– Nada. É só que somos um casal e...

– E...

– E eu gosto. – ri mais ainda daquilo. – Quer entrar? – parei de rir e comecei a pensar se era uma boa ideia, mas eu sabia que era, porque, como ele disse, éramos um casal; e mesmo que não fosse eu queria passar mais tempo com ele. Faríamos ser uma boa ideia.

– Quero.

O apartamento de Michael era organizado, limpo e tinha o cheiro dele impregnado em todos os lugares. Eu estava impressionado, não era nem de perto o que eu imaginei que seria, estava muito bem arrumado para um jovem universitário.

Mikey olhava para mim com um olhar divertido. Quando nossos olhos se encontraram ele arqueou a sobrancelha como se me perguntasse “surpreso?”, mostrei a língua para ele que sorriu e se aproximou de mim.

– O que vamos fazer? – ele disse passando os braços por minha cintura.

– Eu não sei... Talvez... a gente pudesse deitar no seu sofá e...

– E... – pus minhas mãos em seus bíceps.

– Dormir.

– Ugh. – ele me soltou e eu comecei a rir.

– Brincadeira Mikey. Vem cá.

Ele voltou a me abraçar e eu subi minhas mãos dos seus bíceps para o seu pescoço. Colei nossos lábios devagar e passei minha língua entre seus lábios. Michael abriu a boca poucos centímetros e deslizou sua língua pela minha. Comecei a mover meus lábios e ele me acompanhou tombando a cabeça para o lado esquerdo. Puxei seu corpo mais para perto de mim e aprofundei o beijo enquanto ele me carregava.

Senti algo macio em minhas costas e retirei os sapatos com pé mesmo. Aconcheguei-me em sua cama e Michael tentou quebrar o beijo para pegar ar, mas eu não deixei. Senti a saliva dele escorrer por nossos queixos e sorri. Deixei que ele se afastasse um pouco. Ele aproveitou para por a mão por dentro da minha camisa e eu travei um pouco, mas logo relaxei de novo.

– Não precisamos fazer nada disso agora, Luke.

– É que...

– É a sua primeira vez com um cara. Eu não quero que você ache que eu sou um idiota que só quer sexo, porque realmente não é só isso que eu quero.

– Sincero o bastante para falar que quer...

– Quem não quer sexo com você? Voltando, eu não vou transar com você a menos que você queira.

– Eu quero, mas...

– Deixa eu reformular a frase: eu não vou transar com você antes de você estar totalmente preparado.

– Isso foi gay.

– Eu sei.

Michael voltou a me beijar, com mais calma dessa vez, e percebeu o pequeno problema entre minhas pernas.

– Opa... Não vamos transar, mas eu acho que posso te ajudar com isso aqui. – disse ele pondo a mão em cima do meu pênis coberto.

Que bom que eu resolvi entrar na casa dele

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