Capítulo Trinta e Seis

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Me remexo na cama e espreguiço

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Me remexo na cama e espreguiço. Gemo pela forte dor de cabeça que me atinge e levo uma das mãos à cabeça automaticamente. Droga! As lembranças de ontem a noite voltam a minha mente aos poucos.

Eu deveria ter ido pra casa depois do jantar e eu nunca mais vou beber são as primeiras coisas que eu penso.

- Bom dia flor do dia. - Alguém diz.

- Bom dia. - Resmungo com vontade de colocar o travesseiro na cabeça. Espera... Me sento num segundo e dou de cara com Justin segurando uma bandeja de frente para a minha cama. Olho ao redor. Tá definitivamente essa não é minha cama. - Onde é que eu tô?

- Meu apartamento. - Ele responde e antes que eu tenha a chance de dizer alguma coisa ele coloca a bandeja em meu colo. - Você apagou ontem no carro e eu não tinha certeza se você ainda mora com seu irmão ou não. Foi mais fácil te trazer pra cá, espero que não se importe.

- Ainda moro sim, mas tá tudo bem. Ele ia ficar bravo se eu aparecesse às três da manhã apagada nos braços de um estranho de tão bêbada e ia repetir o mesmo discurso de sempre - reviro os olhos - "você está sendo irresponsável' e 'você deveria lembrar do que aconteceu com o nosso pai'. Como se eu fosse virar alcoólatra e... - Percebo então o que estou fazendo. - Desculpa, eu não devia te encher com os meus problemas familiares.

- Eu nunca me importei. - Ele dá de ombros.

- É, eu sei. - Falo em voz baixa.

- Não, não foi isso que eu quis dizer. Eu não quis dizer que nunca me importei com seus problemas, mas sim...

- Esquece. - O interrompo. - Para dor de cabeça? - Respondo apontando para o remédio da bandeja.

- Sim. - Ele diz ainda um pouco contrariado por eu ter o interrompido.

- Obrigada. - Tomo rapidamente com o auxílio do suco que ele trouxe. De morango, noto, o meu favorito.

Sem pensar duas vezes, começo a comer e não volto a falar mais nada. Justin fica o tempo todo quieto e sinto seu olhar em mim o tempo todo. Tento não parecer afetada. O tempo que levo para comer toda a refeição é o mesmo que o remédio leva para fazer efeito, então quando termino de comer já me sinto bem melhor.

– Obrigada. – Digo novamente retirando a bandeja de cima do meu colo e Justin simplesmente dá de ombros.

– Pode tomar um banho se quiser – ele fala apontando para o banheiro – suas roupas já secaram, vou trazê-las para cá enquanto você estiver no banheiro.

– Minhas roupas? – Pergunto confusa e só então reparo que não estou vestida com a mesma roupa de ontem, mas sim com um pijama masculino de cor azul. Que obviamente deve pertencer a Justin. – Você tirou minhas roupas?

Falo indignada cruzando os braços.

– Você vomitou se sujou toda e também minha sala. - continuo com cara de brava - Não sei o por que da revolta - ele pega a bandeja – não há nada aí que eu já não tenha visto antes e não curto necrofilia.

A GAROTA POR TRÁS DA MÁSCARA - LIVRO UM (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora