Livro Um da Série Todas As Coisas Do Amor
Apesar de ser uma série as histórias são independentes e podem ser lidas fora de ordem.
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Quão erroneamente nós podemos julgar alguém a primeira vista?
Pelos olhos das outras pessoas a vida de Ashley pa...
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Já faz duas semanas. Duas semanas e nada. Nenhuma ligação, mensagem de texto ou foto. Sinto que Michael está brincando com a gente. Estamos todos em alerta, paranoicos. Esperando o momento que ele vai atacar. Não tenho dormido direito e sei que meu irmão e Ashley também não.
Passo a mão no rosto enquanto caminho para fora do prédio do jornal perdida em meus pensamentos, com várias pastas na mão e me sentindo completamente esgotada. Tropeço no meio do caminho por causa de um buraco e acabo derrubando algumas coisas no chão.
— Droga! — Eu resmungo em voz baixa ao notar que quase tudo que estava dentro da minha bolsa agora está espalhado no meio na calçada e me abaixo para catar minhas coisas.
Tenho estado tão distraída nos últimos dias que acabo tenho que levar trabalho para casa, onde me sinto mais tranquila. Vejo pelo canto dos olhos alguém se aproximar e começar a pegar algumas coisas do chão.
— Obrigada. — Digo me levantando imaginando ser um dos porteiros ou seguranças do prédio. Quando finalmente olho para meu ajudador dou de cara com Justin segurando uma pasta com as fotos para a matéria de amanhã e minha necessaire de maquiagem.
— Não tem de que. — Ele me entrega a pasta e a necessaire.
— O que faz aqui? — Pergunto enquanto dou um jeito de enfiar tudo de volta na minha bolsa. — Espero que não seja por mim. — Ele não diz nada mas sua expressão culpada o entrega. — Justin! Nós já conversamos sobre isso.
Reclamo irritada e começo a caminhar em direção ao meu carro. Desde a ameaça com o bilhete, Justin se tornou superprotetor, e insiste em me acompanhar a todos os lugares. Já havíamos discutido várias vezes nos últimos dias e eu já estava no limite da minha paciência. Abro a porta do carona com raiva e jogo minha bolsa e as pastas restantes em minha mão de qualquer jeito no banco.
— Você não é meu guarda costas! Não precisa ficar me seguindo por todos os lugares. — Me viro para ele irritada. — Justin eu sei que suas intenções são boas mas...
— É pela sua segurança Electra. — Ele me interrompe. — Aquele cara é doente e você tá na mira dele. Você quer que eu fique em casa parado sem fazer nada? Eu não consigo. Eu juro que tentei fazer o que você pediu mas eu não consigo tá? Eu fico em casa imaginando você sozinha e aquele psicopata pegando você. Eu me sinto menos angustiado quando vejo com meus próprios olhos você em segurança em casa. Eu só preciso ter essa certeza.
— Justin...
— Eu já perdi pessoas que eu amava Electra, e eu não pude fazer nada. Desculpa mas eu não posso perder você também. — Ele diz e noto a aflição em sua voz.
Odeio o fato de que agora ele está envolvido nessa merda toda. Paro para analisar ele melhor. Seus cabelos estão bagunçados e noto as olheiras profundas em seu rosto, como as que eu tenho. Essa história está acabando com todos nós. Sem pensar muito dou passos em sua direção e envolvo meus braços ao redor do seu pescoço e enterro minha cabeça na curvatura do seu ombro. Justin enrijece o corpo no primeiro momento mas aos poucos ele vai relaxando e sinto um arrepio na minha espinha quando sinto suas mão rodearem a minha cintura e me abraçar forte. Ele estava precisando disso.