Capítulo Quarenta e Seis

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A respiração de Ashley é serena; ela dorme no meu colo enquanto passo meus dedos levemente pelos fios curtos de seu cabelo loiro

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A respiração de Ashley é serena; ela dorme no meu colo enquanto passo meus dedos levemente pelos fios curtos de seu cabelo loiro. Dou graças por ela ter conseguido se desligar um pouco do caos que está acontecendo ao nosso redor, pois eu não consigo, não depois do que aconteceu.

Escutar o Michael agredir o Sebastian trouxe de volta lembranças da minha infância que sempre me atormentaram. Me lembrei da dor, do medo, de me sentir indefeso; me lembrei de uma promessa antiga, de um eu muito mais jovem, de que, se um dia eu me tornasse pai, nunca permitiria que um filho meu sentisse aquelas sensações.

Eu fracassei.

Eu deveria ter protegido o Sebastian.

Os policiais andam de um lado para o outro na sala, investigando, rastreando, e não sei mais o quê. Minha irmã tenta ser útil, mas eles não têm mais nenhuma pista, nada. Estamos em um beco sem saída. Michael se escondeu muito bem, e sei que ele não vai arriscar quase ser pego novamente. Ele nos deu um aviso e mais nada; os policiais chegaram a pensar em um possível pedido de resgate, todavia todos nós sabemos o que ele quer com todo esse circo de horrores: a Ashley.

Só a possibilidade me enche de horror.

Involuntariamente, a aperto mais contra o meu peito, e ela acaba resmungando enquanto ainda dorme. Levanto do sofá com ela ainda em meus braços.

— Vou colocá-la na cama — aviso minha irmã ao passar por ela, e ela balança a cabeça concordando. Noto que seus olhos ainda estão avermelhados devido ao choro.

Subo as escadas com cuidado para não acabar acordando Ashley. Ao entrar no nosso quarto, deito-a cuidadosamente em nossa cama. Ela se remexe um pouco, mas não desperta. Sento ao seu lado, fico a fitando.

Me sinto perdido.

Um inútil.

Fracassado...

Com as mãos completamente atadas.

Eu precisava fazer algo. Mas não sabia o quê.

Depois de alguns minutos, ou horas, inclino-me em direção à minha esposa e beijo sua testa delicadamente para não acordá-la.

Ela se remexe mais um pouco, mas continua a dormir profundamente. Levanto-me da cama, pronto para deixar nosso quarto, quando sinto meu celular começar a vibrar. No corredor, após fechar a porta, retiro o aparelho do bolso.

Número desconhecido.

Porra.

É ele.

Entro rapidamente no escritório em frente e atendo a ligação.

— Alô? — digo desesperadamente. — Michael? — Nada. — Eu sei que é você. — O desespero ameaça me tomar quando continuo sem nenhuma resposta e decido apelar. — Deve ter uma razão para ter ligado. Fala o que você quer.

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⏰ Última atualização: Oct 27, 2024 ⏰

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