Aurora [Completo] A Saga Dos Elementos, Livro 1

capítulo 1

História não revisada (perdoem se houver erros de português)

Conteúdo adulto.

Sentada na grama encostada em uma árvore contemplando as estrelas eu aguardava o viajante chegar. O formigamento na minha nuca dizia que ele estava próximo, talvez uns cinco ou seis minutos daqui.

Eu tinha um pressentimento bom sobre ele, e estava até um pouco ansiosa com sua chegada. Geralmente eu não sentia isso, o que me deixava ainda mais curiosa sobre ele, apesar de já saber muito.

Eu sabia seu nome, sabia que era um homem bom e que estava triste, estava viajando para esquecer algo de ruim que lhe aconteceu. E apesar de saber tudo isso, aquele friozinho, por mais mínimo que seja, estava lá e estava me deixando intrigada. Eu queria conhecer pessoalmente o viajante.

Eu o senti mais perto, levantei do chão e alisei minha saia longa. Não fazia sentido eu estar assim, era só mais um viajante para se hospedar na pensão dos Philips. Mas o suave aumentar dos meus batimentos cardíacos, dizia outra coisa.

Eu tinha esses pressentimentos, desde que nasci eu acho, não sei dizer ao certo, mas acho que nasci assim, não conheci meus pais biológicos, então não tem como dizer. Fui deixada na porta dos meus pais adotivos ainda bebê.

Quando fiz 15 anos, meus pais me contaram que fui adotada. Eu já sabia que não era como eles, sempre fui a garota esquisita para todo mundo, inclusive para mim mesma. Até que me aceitei do jeito que sou.

Depois que completei 18 anos, resolvi sair pelo mundo, seguir algumas pistas dos meus pais biológicos. O Igor tinha um sonho de viajar pelo mundo, e sair da prisão que ele vivia em sua própria casa. Nos conhecemos na escola eu tinha 16 anos e ele 17 e nos apaixonamos. Éramos perfeitos como casal, tínhamos os mesmos planos, os mesmos pensamentos e ideias os mesmos gostos.

Em uma de nossas viagens, encontramos essa cidadezinha chamada Gardênia. Aqui eu me senti acolhida, me senti bem, me conectei com a cidade, e já estou aqui a mais de dois anos. Enquanto o Igor continuou sua viagem.

Sinto um aperto no coração, mas eu não poderia pedir a ele para ficar, e também não poderia ir com ele, algo nessa cidade me prendia eu simplesmente não consegui ir embora.

Vou para a entrada da pequena pensão e observo um carro apontar e depois parar na porta. Ele desce, troca umas palavras com o motorista, fecha a porta do carro e me olha. Eu sinto um arrepio, seus olhos são negros e intensos, um pouco curiosos também.

Mais uma vez aliso minha saia e raspo a garganta, sintomas de quem está nervosa, mas não estou, quer dizer, eu não me assusto fácil, mas confesso que este homem é bem imponente.

— Boa noite senhor Esteban, estava esperando pelo senhor, meu nome é Aurora, prazer em conhecê-lo! — Estendo minha mão, mas ele não pega.

Ele é alto, tenho que levantar a cabeça para falar com ele, moreno, cabelos a altura do pescoço que balançava suavemente com vento frio da noite. Uma barba bem aparada e a boca em linha reta me dizia que era um homem sem muita paciência.