O Meu Príncipe Amaldiçoado

Capítulo 2

Hinata on

Então sai pra minha exploração, fui em direção ao lago, parei num canto e tirei uma foto, o lago era lindo ao dia, tinha pequenas borboletas voando em volta, logo depois atravessei o lago e segui reto, sempre ficava olhando pra cima pra ver se eu estava me afastando muito, parei e peguei minha garrafinha de água e bebi quase tudo, estava meio quente nesse lugar. Acho que já tinha se passado algumas horas que eu estava andando, minha câmera de tirar foto acabou descarregando, e minha água também tinha acabado, acho que é melhor eu volto pro acampamento.
 
Me adentrei a densa floresta, que filtrava alguns poucos raios de sol que passava pelas folhas das árvores. A floresta estava consideravelmente escura, levando-se em consideração o sol que fazia acima das folhagens,
 
Nenhum sinal de vida. Nem mesmo os pássaros cantavam, e somente o barulho do vento nas folhas e o gélido vento que passava entre as árvores me mostravam que eu não estava tendo um pesadelo. Um arrepio percorreu minha espinha quando um vento frio passou por mim novamente.
 
Continuei em frente me agarrando a esperança de que o que meus amigos haviam falado fosse verdade: “Não há animais selvagens nessa região”. Mas quando eles falaram isso eu não imaginei que nem mesmo pássaros teria. Comecei a me perguntar se a falta deles era por causa do estranho frio da floresta ou de medo de algo que estivesse ali. Afastei rapidamente esse último pensamento, focando na primeira ideia. Com certeza era a temperatura do lugar.
 
Meus pés começavam a doer quando avistei ao longe um grande arbusto. Seria um como os outros, se não fosse pela imensa quantidade de flores nele. Ele se destacava do resto morto da floresta.
 
Me aproximei dele e afastei um de seus galhos, entrando numa faixa de luz em meio a escuridão da mata. Um rio. Havia um rio ali, e eu estava morrendo de sede. Me enfiei entre os galhos do arbusto, fazendo um pequeno corte no meu braço, enfiei minha perna direita primeiro, depois meu braço que se corto mais uma vez e por fim minha cabeça. Mas não passei disso. Na metade do caminho, quando meus olhos percorreram o rio, meu sangue gelou. Meu corpo que estava parcialmente para a escuridão e outra a luz gelaram.
 
Ele era enorme, e sua pelagem brilhava com os raios do sol. Seu rosto levemente erguido captava intensamente o sol e fazia reluzir as gostas de água que pingavam de seu bigode. Não dava de se saber se ele era grande quanto eu imaginava, mas somente pela largura de suas costas que estavam a mostra da água e de seu enorme rosto, eu já sabia: eu não sairia viva dali.
 
A fera laranja com listras pretas de olhos azuis, o tigre, encarou meus olhos. “Não se mexa, não se mexa, por favor”, dizia eu para meu corpo me obedecer. Não adianto nada. Quando a fera se moveu um centímetro, me atirei novamente para dentro da densa floresta.
 
Eu corria com toda velocidade que eu conseguia, meu braço estava cheio de cortes por causa dos galhos que eu não desviava, eu só pensava em fugir dali, dele. Eu me adentrava cada vez mais naquela floresta, todo som que eu escutava ia na direção oposta, tenho certeza que é ele, ele vai me devorar, eu sabia que não era uma boa ideia acampar, que era uma péssima ideia sair por aí pra tirar foto, eu deveria ter pedido pra Sakura vim comigo.
 
Correndo sem olhar pra onde eu ia ou pisava acabei caindo no chão e ralando meu joelho.
 
Hinata: Grrrr!!
 
Me sentei próximo de uma árvore, fiquei quieta para ver se escutava os passos dele, nada, não escutava nada, acho que despistei ele. Abri minha mochila e tirei um lencinho para limpar meu joelho ralado. Me escondi entre os arbustos e fiquei lá até um tempo, eu iria espera o tempo que for necessário, mas eu não saio daqui enquanto aquela fera estiver por aqui.
 
Preciso volta acampamento antes que fique mais tarde, mas e se ele ainda estiver por perto? Eu vou realmente morrer hoje? Eu preciso volta, é só eu estar atenta, se eu escutar algo estranho eu saio correndo ou eu me escondo, me levantei, gemi de dor por causa do ralado no joelho, comecei a dar pequenos passos.
 
Hinata: Meu Deus eu não consigo ver a árvore que a Sakura disse, devo ter me afastado muito e nem percebi.
 
Droga estou perdida, numa floresta, com um tigre, ótimo. Andei por várias horas, eu sentia que estava me afastando cada vez mais, eu estava cansada, meus pés já estavam doloridos, será que terei que passa a noite por aqui?
 
Hinata: Droga, não para, não para, nã-
 
Meu sangue gelou, lá estava ele.

Contínua....