Voltamos a caminhar depois de algum tempo parados pela multidão de pessoas querendo um pouco de sua atenção, logo estávamos perto da minha casa. Passamos um bom tempo em silêncio, apenas apreciando a companhia um do outro com algum contato visual espontâneo e contínuo.
- Obrigada por me trazer. - Falei gentilmente.
- A gente fez isso milhões de vezes e você sempre age como se fosse a primeira. - Meu rosto arde violentamente ao ouvir suas palavras e eu viro meu rosto em vergonha.
- É que cada dia é um sentimento novo, né? Você me surpreende sempre. - Respondi com a mão no pescoço.
- Tem razão. - Ele disse convencido e fez o seu famoso ritual quando estamos prestes a nos despedir, ele se aproximou de mim e levou sua mão até a minha cabeça, depositando os famosos tapinhas. - Acho que é hora de ir embora. -
- Por que você não entra? - Disse pegando na sua mão. - Só pra passar alguns minutos. - Insisti a apertando logo em seguida, fazendo uma carinha de cachorro pidão pra ver se ele se sentia vulnerável quanto a minha vantagem.
- Você tem certeza? - Ele questiona uma última vez, receoso.
- Que mal tem? Vai ser rapidinho, depois você pode voltar ao seu trabalho. Por favor? - Falei manhosa.
- Ah, ok. Só porque eu não consigo te negar alguma coisa. - Ele se rendeu e eu dei leves pulinhos com a sua decisão.
O segurei pelo braço e guiei até a entrada da minha casa, ele parecia bastante tranquilo pra quem está prestes a conhecer os sogros que, até um tempo atrás, eram um pouco radicais demais.
E agora, eu nem acreditava que estaria apresentando Keigo a eles. Nunca pensei que algum dia levaria alguém pra casa, na verdade.
Suspirei fundo antes de girar a maçaneta, a porta foi aberta e eu o encarei de lado como se quisesse reconfortar ele. No fundo, ele parecia muito mais nervoso do que eu, por isso, apertei a sua mão de modo confortante.
- Onde você esta- - Daisy ditou uma vez antes de ser interrompida por deixar seus olhos caírem sobre Keigo, ela estava boquiaberta.
- Essa é a Daisy, a governanta. - Eu fiz uma apresentação pouco memorável, só queria que ele conhecesse meus pais. - E Daisy, Hawks. - O loiro acenou timidamente pra ela.
A mulher na nossa frente coçou a garganta e retomou a sua postura.
- Tirem os sapatos antes de entrarem. - E deu meia volta.
- Eu fiz alguma coisa errada? - Ele perguntou arqueando a sobrancelha.
- Não, ela é assim mesmo. Mas não se acostume com ela, talvez você nem a veja muito. - Tiramos nossos sapatos e os deixamos um do lado do outro na entrada. - Mãe, pai? - Chamei por eles vendo que a sala estava vazia. - Tem alguém aqui que vocês precisam conhecer. - Disse bem humorada.
Eles demoraram um pouco, mas também não queria deixar Keigo sozinho na sala aos cuidados de Melody e Daisy.
Ouço barulhos de porta e passos no corredor do andar de cima. Logo sinto meu coração acelerado, eu queria que eles tivessem a melhor reação possível em relação ao Keigo, minha mãe disse que vai seguir o que a vovó acha certo, então eu tenho certeza que eles reagiriam bem.
Koji já o conhece, então tenho alguém que certamente poderá me dar apoio necessário caso haja algum imprevisto.
- Você parece bem nervoso.
- Nah, 'tô ótimo.
- Tem certeza?
- Claro. - Eu sorri pra ele, que correspondeu ao mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
✔| 𝕬 𝐖𝐇𝐎𝐋𝐄 𝐍𝐄𝐖 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃 ‹𝟹 hawks.
FanfictionDuas pessoas que são de mundos completamente diferentes, mas que, acabam se completando de alguma forma. Hawks procura simplicidade na vida, enquanto [Nome] busca viver de forma livre. Até que, um dia, o herói entra em sua vida e acaba virando-a de...