2T.E7: Não existe um "mas".

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Rafa Kalimann

Eu não sabia como agir diante daquela situação, Gizelly ali na minha frente depois de meses. Tenho que manter a minha postura e fingir que não me importei muito com a presença dela, fui ate a mesa e me sentei como se nada tivesse acontecido, mas por dentro eu estava com vontade de dizer boas verdades na cara dela. E a Thelma também, nem pra me avisar que ela tinha chegado.

Será que ela veio de vez ou só de passagem?! Como se isso me interessasse, o que ela faz da sua vida não me interessa mais.

Quando a Thelma saiu, me transformei em outra pessoa e falei tudo o que estava preso na minha garganta pra ela, pra piorar ela veio com um " sinto muito". Vomitei tudo o que vim passando nesses meses nela, aproveitei que Thelma chegou e me ti o pé.

O caminho até o estúdio foi pensando nas coisas que disse pra ela, claro que quando cheguei lá também na foi diferente. Todos perceberam que eu estava distraída com o trabalho, Gizelly ocupou toda a minha tarde. Depois eu sofreria as consequências desse dia perdido, as fotos e pra estarem prontas na outra semana e eu aqui pensando nela.

As horas foram se passando tão de presa que nem percebi que estava atrasada pra pegar a Manuela na escola, peguei minha bolsa e sai da minha sala o mais rápido possível.

Ao entrar no meu carro, dirigi até a escola. Apesar de tomar cuidado na direção, viajei um pouco ao passado e me lembrei da primeiro vez que os meus olhos encontraram os de Gizelly.

Foi mágico, nunca pensei que a barra que eu estava passado em relação ao Prior me permitiria me apaixonar de novo por outra pessoa, e que essa pessoa fosse a prima dele. Umas lágrimas caíram dos meus olhos, ao lembra de nós duas.

Chegando no portão do colégio, me recompus e entrei. DeI de cara com a Manu do lado de sua professora, percebi que ela estava muito triste, com certeza era pelo meu atraso.

Pedi desculpas a professora pelo meu atraso ela pareceu não se importa, mas a Manuela pelo outro lado foi andando até o carro sem da uma palavra comigo.

Rafa: Me desculpe filha, me esqueci do horário...- Tentei me desculpar com ela, pois eu sei que a errada era eu nessa história.

Manuela: Não me importo, mãe.- ela só me falou isso, entrou no carro e fomos o caminho em silêncio.

Nunca a vi assim, o caminho todo foi em pleno silêncio. Parecia até que ela não estava ali, Manuela sempre foi uma menina tagarela. Senti que algo não estava bem com a minha filha, o que me deixou ainda pior do que eu estava.

Quando chegamos em casa, a chamei para conversa. Nem precisou fazer esforço para ela dizer que aquela situação com a Gizelly a deixava magoada.

Mal sabe ela que a Gizelly está no Brasil, não sei se devia contar ou não para a Manu. Quando ela foi embora e não manteve contato, deixou a Manu muito triste. E se ela não ficasse muito tempo no Brasil, não queria que Manuela se magoasse de novo.

Eu estava tão decepcionada com a Gizelly que não a prestei atenção que isso também iria mexer com a Manu, que péssima mãe sou.

Ficamos conversando sobre a Gizelly e depois ela subiu para tomar banho, eu ainda não avia contado sobre o aparecimento da Gi. Quando eu me levantei do sofá, a campainha tocou e fui atender.

No exato momento que olhei para o rosto da pessoa que estava do lado de fora fiquei assustada.

Rafa: Gizelly, o que faz aqui?- foi a única coisa que saiu pela minha boca, ainda estava surpresa com a presença dela.

Gizelly: Será que a gente pode conversa?- sinceramente eu não estava entendo mais nada.

Rafa: Não sei se é uma boa hora...- era tanta informação num dia só, não estava preparada pra falar com ela.

Gizelly: Por favor, vai ser rápido prometo...- com você falando desse jeito eu até... Não Rafa volte a si, ela não mexe mais com você então é só dizer não.

Rafa: Claro, pode entrar!- Meu Deus, eu consigo se decepcionar comigo mesma.- Eu não entendo o que você faz aqui.

Gizelly: Eu só queria falar com você, parecia que estava com raiva de mim hoje mais cedo...- nesse exato momento estamos olhando uma no olho da outra, e percebi o quanto senti saudades de meus olhos verdes encontrando os olhos castanho escuro dela.- Eu sei que aconteceram muitas emoções antes de eu ir embora, mas...

Rafa: Não existe um "mas" Gizelly, eu pedi pra você ficar e mesmo assim você foi... Fez suas escolhas, agora está enfrentando as consequências.- Eu estava tão brava com ela.

Gizelly: As coisas não precisa ser assim, Rafa...

Rafa: Mas, é assim como elas são... Não pode sumir do país, voltar e querer que tudo volte a ser o que era antes.- sabemos muito bem que eu queria esquecer tudo e pular em cima dela, tocar sua pele e fazer amor como ser não existisse um amanhã.

Gizelly: Nunca esperei que quando volta-se ia tudo ser como antes, porém imaginei que pelo menos teríamos um respeito uma pela outra depois de tudo o que aconteceu... Mas, me enganei.- sua voz saiu um pouco triste, eu não sabia como agir nessa situação.

Rafa: Não dá pra mim ainda, é melhor você ir embora...- sabia que se ela ficasse mais tempo ali, eu não saberia controlar as minhas emoções.

Gizelly: Tudo bem, eu já estou indo...- ela andou até a porta, mas antes de abrir-lá ela parou e olhou pata trás.- Antes de eu ir eu quero que me responda... foi você quem contou pra Ivy sobre a gente?-sua voz estava um pouco mais alta.

Rafa: Como pode pensar isso, eu nunca faria uma dessas... Você está tentando insinuar que...- antes de eu terminar, escutei a voz da Manuela.

Manuela: Tia Gizelly...- ela correu e abraçou a Gi.

O melhor caso da minha vida #GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora