Algo novo.

56 6 91
                                    


Lorelay

Coloco o vestido e até que não fica tão ruim, apesar de eu não me reconhecer ao olhar pro espelho com essa roupa.

*muito bem Lorelay, você só precisa convencer alguém a se passar por amigo ou namorado. Não deve ser tão difícil assim.*

# pobre lore, o esforço que vai usar pra convencer alguém a mentir com você é praticamente o mesmo pra iniciar algo real.#

Saio do provador e minha mãe corre até mim.

— PERFEITO! — Ela até bate palmas pra complementar o quanto está feliz por me ver usando isso. — Vamos levar.

Visto meu uniforme enquanto minha mãe paga e vamos a praça de alimentação comer alguma coisa.

— Quero um sanduíche de frango e suco de pêssego. — peço em uma das lojas.

Assim que meu pedido sai, pego e volto a mesa onde minha mãe já está comendo.

— Sanduíche de novo lore?

— Hm.

— Eu também estou comendo massa de novo então tudo bem. Que horas acaba sua aula mesmo?

— Não sei.

— Lorelay...como é que você não sabe?

— Eu só não presto atenção, bateu o sino eu saio.

— Isso significa que você também não sabe o horário que termina o almoço...— ela resmunga baixo consigo mesma. — Vamos. — Ela levanta abrupta, segura meu braço e me arrasta.

— Pera ai! — digo com a boca cheia tentando agarrar o lance, o suco de pêssego e minha mochila antes de ela me afastar o bastante para eu não alcança-los mais.

— Já devemos estar atrasadas. Como um aluno não sabe os horário da própria escola? — dou de ombros.

Entramos no carro e ela me deixa na porta da escola.

— TCHAU FILHA! ATÉ DEPOIS. — ela grita de longe, mais uma vez.

Atravesso o portão e percebo que as pessoas ainda estão sentadas conversando despreocupadamente.

*ainda não começou a aula... Ótimo.*

Acho um banquinho afastado da multidão e deito sobre ele colocando a mochila por baixo da cabeça e o casaco por cima. Quando começa a vir o sono o sino toca me avisando que é hora da aula de línguas.

Me dirijo ao prédio que fui no dia anterior e começo a procurar meu nome nas listas nas portas de cada sala. Começo pelo nível básico, óbvio que eu era dos primeiros níveis já que fiz a prova bem as pressas. Para minha surpresa não estava no iniciante 1 e 2, nem no intermediário 1.

*como é que eu vim parar no intermediário 2?*

Confusa eu entro na sala e vou pra extremidade oposta a da porta, sento da antepenúltima carteira da fila da janela; gosto de olhar pra fora.

— Oi colega de sala. — uma voz familiar surge ao meu lado.

— Aron? — encaro ele e volto a olhar pela janela.

— Como é que você caiu nessa sala? Que eu me lembre você não era muito boa em inglês.

— Não sou.

— Eu também não, chutei tudo. Achei que ia cair no nível mais fácil, mas... aqui estou eu. — ele ergue os ombros e curva os braços como se dissesse "sei lá".

O fim não menteOnde histórias criam vida. Descubra agora