O fim não mente

Uma pequena exceção.

Ele começa a tossir, se apoia no irmão do lado e todos me olham com olhos arregalados.

- ...o...o...oi?... - sai entre um soluço.

- Você que disse pra eu falar aqui. - ele levanta atordoado e me puxa pra longe dali.

- Lorelay explica isso direito por favor.

- Não é tão complicado... eu só preciso que namore comigo.

- Não, pera... tem que existir um motivo.

- Eu realmente preciso te contar isso?

- CLARO! Você esta me pedindo em namoro garota, tem que me dizer a razão.

- Hm... - Suspiro. - Você sabe como minha mãe pode ser implicante quando decide alguma coisa e agora ela quer que eu namore ou faça amizade com alguém. Eu não conheço muita gente e pedir pra você ser meu amigo não vai ser suficiente pra ela, já que ela acha que já somos.

- Tá, mas por que eu?

- Ela não ia acreditar se fosse uma pessoa aleatória, tem que ser alguém que eu já conheço. Não posso namorar meu primo e eu não suporto seu irmão, você é a única opção.

- Ok. Não esperava, mas isso doeu um pouco. - alguns segundos de silêncio se passas.- Hm... mas ela também não vai acreditar se você contar isso do nada...

- Como assim?

- As pessoas namoram por que se gostam Lorelay e gostar de alguém não acontece do nada, precisa de tempo.

- Então é mentira que as pessoas se apaixonam só de olhar uma pra outra como nos filmes? - Ele ri.

- Eu sei que você é iniciante nisso, mas não achei que era tanto. - reviro os olhos.

- É verdade ou não?

- Pode ser verdade, mas é muito difícil de acontecer.

- É uma exceção...e qual é a regra?

- Geralmente as pessoas começam a se gostar depois que se conhecem pelo menos um pouco.

- Tá... então o que a gente faz?

- Podemos estar numa fase mais inicial...hm...tipo...rolando um interesse? - Mordo os lábios enquanto penso. - O que não seria tão fingido. - Sussura a última parte.

- Que?

- Você tem certeza que quer fazer isso?

- Claro! Só assim minha mãe vai sair do meu pé.

- E é tão importante assim que ela saia do seu pé?

- Não gosto que as pessoas me pressionem ou obriguem a fazer o que eu não quero. Geralmente eu ignoro, me afasto ou enfrento, mas quando são seus pais que fazem isso... bom...você tem que aguentar. - abaixo a cabeça.

- Acho que essa foi a frase mais longa que eu já ouvi você falar. - sorri.

- Hm. - me viro pra sair.

- Eeeei! - Segura meu ombro. - Você vai sair assim?

- Vou...

- Se isso é um acordo por que só você ganha? O que vai fazer por mim?

- O que você quer?

- Hm...posso pedir qualquer coisa?

- Pode, só não sei se eu vou cumprir.- o garoto dá risada.

- Quero que treine minha irmã. Ela ama Handball e quer jogar no time titular da escola, mas ela é novata e não é tão excelente como você pra participar do campeonato interno mesmo assim.