E O TÍTULO DE BABACA, É TODO SEU

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Me sobram vinte anos na cara
E apenas consigo me resumir a inocente
Em acreditar, que desta vez você teria decência
Que não bateria desesperado
E de forma vexatória em retirada

Que tola e esperançosa
Em achar que o cavaleiro das penas amarrotadas
Um verdadeiro algoz de sua própria inteligência
Seria mais do mesmo pra variar
Um covarde e típico arregão dos bons

De fato a ácida sinceridade
A boca nervosa e esperta esbanjando com volúpia
Um sorriso de escárnio e ironia
A fome e a vontade de um gigante numa pequena mulher
Apesar de você, isso só se fortaleceu e floresceu

Como esperar de um covarde algo além de bagunça?

E afinal, além de sumir sem procedentes
É tedioso e grandemente deprimente
Tenho sim no fundo de fato apresso e admiração, ainda
Não sou volúvel a ir conforme a cada batida de brisa
E apenas triste e confuso quando poderia ser grande

Um homem com tanto talentos e dons
Que fala em nome feito um cordeiro dele
Mas não há lugar para covardes sustentarem essa dádiva
Que lhe foi confiada junto de coragem
E que deturpou tão preguiçosamente

E que após tantos anos, além de impulsivo
Ainda a guarda num bolsinho esquecido
E apenas veste a casca que lhe serve e é de fato ao meu ver, muito confortável
Do título de burro e babaca

De Alorna até Bruna

Sopros De Um CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora