Nossa menina - VONDY (concluída)

13°

- Eu imagino que não foi fácil pra você... sozinha com ela. - ele falou quando o assunto já parecia finalizado e falavam sobre outros assuntos. - Ou você tem... bom. Você tem alguém? Que ajuda com ela?
- Ah. Não. Somos só nós duas. Sempre foi. O Cris foi me ajudar, quando eu precisei e depois quando ela nasceu e mais algumas vezes quando ele foi a Itália a trabalho. - Ele ficou aliviado ao ouvir que não havia mais ninguém, assim como pra ele.
- Você e o Cris...? - ele sabia que eram amigos, mas não pode deixar de sentir uma pontada de ciúme.
- Pelo amor de Deus Christopher. Você não percebeu?
- O que?
- O Cristian é gay.
- Ah. Mas... sério? - perguntou surpreso. - Ele nunca me falou.
- Porque as pessoas não precisam falar sobre suas vidas afetivas.
- Certo. - ele sorriu ainda surpreso pelo amigo.
Os dois conversaram bastante sobre Isa e como estavam suas vidas, até que Dulce também se sentiu interessada sobre a vida dele.
- E você, Uckermann? Tem alguém? - perguntou sincera.
- Eu sou médico, vivi só pra estudar e agora só pra trabalhar. - Os dois sorriram. - E também eu voltei pra cidade há menos de um mês, Dul. A única pessoa que sei que tenho é a Nossa Menina.
Dulce se emociona ao vê-lo falar sobre a filha mas logo disfarçou.
- Vamos... bom. Vamos marcar um almoço, ou um jantar. Pra você conhecer melhor ela. O que você acha?
- Acho perfeito. Amanhã é sábado e não estou de plantão. Então se você puder...
- Claro. Fica ótimo. Vou conversar com Cristian hoje sobre ser na casa dele, assim ficamos todos mais a vontade.
- Ok. Você me liga? - perguntou ansioso enquanto iam até a saída do restaurante após pagar a conta.
- Ligo. Ou mando uma mensagem. - ela sorri em resposta.
Se despediram apenas com palavras, Dulce retornou para a casa de Cristian, muito mais leve e feliz por ter esclarecido tudo com o pai da filha, e Ucker parecia pisar em nuvens ao saber que tinha um filha, apesar de não ter estado com ela até então, não foi por culpa de Dulce, e agora teria todo o tempo de aproveitar a pequena Isadora.