Nossa menina - VONDY (concluída)

21°

A cara de sono de Ucker não negava que ele havia dormido poucas horas.

- Bom dia. Vamos tomar café pra ver se você acorda. - disse Dulce ao vê-lo na porta.
- Eu não tô com sono. - disse e lhe deu um selinho de surpresa.
- Uckermann! - reclamou e ele sorriu.

Dul também queria gritar pro mundo muitas coisas, mas também não queria trocar os pés pelas mãos, muito menos confundir a filha em algum momento.
Isadora correu até a sala ao ouvir Ucker chegar. Os três tomaram um café da manhã animado e logo foram ao parque. Ucker e Isa levaram seus skates, para a loucura de Dulce, que não queria ver nenhum dos dois cair e se machucar. Os observava e notava a ligação que tinham um com o outro, era sem explicação.

- Isa, você gostaria de conhecer seu papai, filha?

Dulce surpreendeu Ucker ao perguntar quando os dois se aproximaram dela, mas antes de falar queria que Isadora estivesse confortável com tudo.

- Simm! Muito. - fala animada.
- E como você imagina que ele seja? - perguntou observando a reação de Christopher.
- Bonito, você sempre fala que ele é muito bonito, né mamãe? - Ucker sorri convencido e Dulce faz uma careta.
- Isa... - Dulce fala repreendendo a filha. - Como você imagina ele, filha?
-  Bonito e legal, que anda de skate comigo, que nem o tio Ucker. - sorriu olhando o pai.

Dulce e Christopher congelaram mas logo sorriram e Dulce o incentivou com o olhar.

- E se eu fosse o seu pai? - ele pergunta rouco, fazendo Dul se emocionar com o tom da voz dele. - Voce ia gostar?
- Ia! - falou pulando, animada. - Muito.
- Eu sou... minha filha. - ele disse sem controlar as lágrimas, agachando na frente da menina. - Eu sou seu pai, Isa.
- Você é o meu papai? - perguntou sorrindo. - É verdade, mamãe? - olhou curiosa para a mãe que chorava também e apenas assentiu.
- E vocês estão tristes? - colocou as mãozinhas na cintura.
- Não, meu anjo, estamos muito felizes. - Dulce disse sorrindo entre as lágrimas.
- Então não chorem. - Explicou com toda sua doçura. - Se agora eu tenho um papai a gente tem que ficar feliz.
- Me dá um abraço, Isa? - ele pediu secando as lágrimas.
- Claro... tio Uc... papai! - ela abriu os pequenos bracinhos e Ucker pegou a filha nos braços e a abraçou com força, tinha um pouco de vontade de prendê-la para nunca mais soltar, queria estar sempre na vida daquela menina que conhecia tão pouco e já era dona de seu coração.