Capítulo 7: As auras

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Shizen:
Capítulo 7 - As auras

Dinho, Sack, Kauan e os outros amigos estavam andando em direção a uma sala sem portas. Era um grande sala. Ao entrar Dinho se depara com apenas um lugar com muito espaço e apenas vários tapetes colocados em fileiras no chão. Tapetes de várias cores. No fundo da sala estava Lívian, a professora:
- Sejam todos bem vindos, novos alunos. Hoje vamos trabalhar com o controle da aura de cada um de nós. - disse Lívian.
Dinho olha para seu lado esquerdo e se depara com uma cena hilária. Sack parecia estar hipnotizados, parecia nítido que os olhos do aluno estavam apontados para os seios grandes da professora Lívian. Dinho avisa ao seu amigo por cochichos:
- Feche essa boca para não ficar babando, e pare de olhar para os seios da professora.
Dinho dá um tapa na cabeça do seu amigo que parecia ter acordado:
- Ai, isso doeu.
- É pra você acordar ou ela vai acabar percebendo.
- Calma, tá bom, tá bom.
Kauan entra na conversa em cochichos:
- Em defesa dele, Dinho, são realmente bem grandes, tipo... muito.
- Ahaaa, viu só? Até ele percebeu - falou Sack.
A professora percebe a troca de conversas, então se manifesta:
- Eu poderia saber qual o bom assunto que os três rapazes tanto falam aí?
Sack ficou vermelho não sabia o que dizer:
- Eu... é, quer dizer... nós... é...
- Estávamos falando sobre o que a senhora falou. - disse Kauan, para livrar o amigo daquele momento.
- É, é isso. - concordou Sack.
A professora percebe a gagueira de Sack e tenta acalma-lo:
- Você parece nervoso. Acalme-se, estamos todos em família. Agora fiquem cada um de vocês sobre um tapete com as pernas cruzadas para meditarmos.
Helena que estava atrás do garoto tarado se dirige aos três rapazes:
- Que coisa ridícula, ficar falando dos peitos da nossa professora.
- Ah, eu também já olhei os teus. - disse Sack.
Helena se sentiu invadida, então puxou o braço do seu amigo e tacou-lhe um forte beliscão. Quando Sack estava prestes a gritar de dor, Dinho e Kauan tapam a boca do seu amigo que apenas lacrimejou.
- Vamos procurar um tapete. - falou Dinho puxando Sack pelo braço.
Os alunos se movimentavam, cada um escolhendo um tapete. Dinho percebe que já não haviam tapetes disponíveis e avisa a sua superiora:
- É... professora Lívian, não tem mais tapetes disponíveis para mim e o Sack.
A professora responde com um sorriso:
- Imagina, meus queridos, aqui na minha frente tem dois tapetes disponíveis, um ao lado do outro. Podem vir para cá.
Sack ficou vermelho, estaria ele mais perto da professora, ou melhor, dos seios dela. Dinho sentou-se em um tapete com Sack ao seu lado esquerdo. A professora senta-se em um tapete maior, na frente dos alunos e começa sua aula:
- Muito bem, alunos, agora vamos iniciar nossa aula de controle de aura. Mas primeiramente pergunto se algum de vocês tem como definir o que é aura?
Helena e mais quatro alunos levantaram as mãos. Mas a professora indicou seu dedo para saber da resposta de Helena que logo responde:
- Aura é o um universo oculto dentro dos nossos corpos, uma luz que nos reveste, também é conhecido como Chakras no budismo e espírito nas religiões cristãs. A aura pode ser usada ao nosso favor, entrando em equilíbrio com a natureza. Temos 6 tipos de auras: A coroal que é nossa mente , a Central que é nossa visão, a aura cardíaca que é nosso coração, a umbilical do nosso corpo e as energéticas superior e inferior, que são as das mãos e as dos nossos pés.
- Parabéns Helena, é exatamente isso. Mas o que vamos fazer aqui é fluir a aura de cada um de nós. Observem eu elevar a minha.
A professora Lívian cruza as pernas, junta as mãos e faz um conjunto de luzes energéticas surgirem em seu corpo, era sua aura se manifestando. Dinho olha para Sack que já observava mais uma vez os seios de Lívian:
- Sack, pare com isso. - Dinho cochichou.
- Calma, já parei, já parei. - respondeu Sack.
Sack ficou mais uma vez vermelho. O garoto estava preenchido de vergonha e decide se acalmar.
A professora finaliza a sua técnica e volta a orientar seus alunos, após ajeitar seus cabelos pretos e longos:
- Viram? É isso que eu quero de vocês, repitam o que eu fiz, mas calma, temos muito tempo. Primeiro se posicionem, relaxem o corpo e a mente e sinta a sua energia fluir.
Os alunos assim fizeram, meditavam, respiravam fundo, fecharam os olhos e tentaram fazer suas auras se manifestar. Mas ao lado de Helena, havia um aluno chamado Pablo, que não conseguia de formar alguma se concentrar:
- Não tenho, eu não tenho paciência para isso. - repetia Pablo com os olhos fechados.
A professora Lívian pede para ele relaxar mas o aluno continuava ansioso:
- Eu não tô sentindo nada, professora, minha aura não se manifesta.
Pablo via ao seu lado Helena fluindo suas verdes energias, a aura de Helena era clara e pacífica.
- Parabéns Helena, está indo muito bem com isso. - disse a professora.
- É mas estou me desconcentrando. - a garota avisou.
- Mas por qual motivo, minha querida?
- pelo motivo de que ao meu lado está um aluno que não para de resmungar. - Helena respondeu olhando para Pablo.
- Eu não tenho culpa, - explicou o garoto Pablo - É que eu não consigo fluir minha aura, eu sei que estou atrapalhando.
A professora ajuda o aluno:
- Meu querido,você precisa se acalmar para sua aura poder fluir.
- Mas eu consigo fluir, veja.
Pablo então gera duas esferas de fogo sobre suas mãos. A professora apaga as labaredas com um mover de dedos:
- Basta, vamos nos concentrar, quero ver todos fazendo a aura fluir, não ativar suas habilidades, o contexto da aula não é esse.
Os alunos meditavam com a professora orientando, andando entre cada um deles. Ao fundo, sobre um tapete rosa estava Augusto. O aluno que mantinha os olhos fechados sentia sua aura planar sobre sua pele. Lívian se espanta, ao olhar o garoto ela se depara com duas auras opostas em um mesmo corpo. Augusto fluía uma aura de luz em sua direita e uma forte aura maligna a esquerda. Lívian percebeu, percebeu que ele era o portador da luz, mas das trevas também. A luz e a escuridão escolheram o mesmo corpo como receptáculo. Enquanto Augusto meditava seus cabelos ondulados se movimentavam no ar. Lívian deveria parar aquela situação:
- Muito bem, já basta. - disse a mulher.
- Mas o que houve, professora? - Dinho perguntou.
- Temos outras técnicas para aprender, vamos exercitar a mente. Vamos fechar os olhos e imaginar um ambiente verde e puro. Respirem fundo e relaxem.
Lívian continuava a dar sua aula, mas não parava de olhar o garoto Augusto.

ShizenOnde histórias criam vida. Descubra agora