Pov. Brasil
Quando cheguei em casa tomei um banho bem rápido e coloquei uma roupa formal. Não costumo receber gente da empresa aqui em casa. Fui pra sala de estar e me sentei no sofá. Apenas preciso esperar.
Não demorou muito para que a campainha cortasse o silêncio. Me levantei e arrumei minha roupa antes de abrir a porta. O venezuelano me cumprimentou e eu fiz o mesmo. Ele ainda vestia o mesmo terno de hoje mais cedo. O levei para o meu escritório e começamos a trabalhar no projeto.
Depois de talvez uma hora ou um pouco mais, já havíamos avançado bastante. Resolvemos parar por alí, pois está tarde e ambos de nós estamos cansados. O outro sul americano guardou suas coisas em sua maleta de couro preta e se levantou da cadeira. O guiei pra fora do escritório e descemos as escadas, assim voltando para a sala de estar.
Bra: sinto muito por te deixar aqui por tanto tempo! Aposto que já está com fome! - eu me desculpei um pouco envergonhado.
Ven: imagina! Não precisa se desculpar! Mas tem razão, eu estou realmente com fome! - ele riu enquanto falava a última parte e não pude deixar de notar que sua risada era muito gostosa de se ouvir.
Bra: err... quer ficar pra jantar? - eu ofereci por cordialidade enquanto dava um sorriso amarelo, esperando que ele aceitasse o convite.
Ven: se não for nenhum estorvo... - o venezuelano respondeu sorrindo gentilmente.
Bra: Humm... pode ser pizza? - eu perguntei envergonhado pela situação.
Ven: haha, pode sim! - ele riu de leve.
Bra: bom, humm... quer tomar um vinho? - normalmente é o que se toma em jantares de negócios, e esse não deixa de ser um, certo?
Ven: eu adoraria! - ele falou animado e nos sentamos no sofá. Pedi a pizza pelo delivery e então fui pegar o vinho. Assim que voltei para a sala, servi o líquido nas duas taças e entreguei uma delas para ele.
Bra: como eu moro longe, o delivery pode demorar um pouco. Espero que não se importe! - eu disse enquanto me sentava ao seu lado com minha taça na mão.
Ven: não se preocupe! - ele levou a taça até a boca e tomou um pouco da bebida.
Bra: como está o vinho? - eu perguntei sorrindo.
Ven: ótimo, na verdade! - ele sorriu de volta e começamos a beber.
Pov. Canadá
Brasil estava tomando vinho com outro cara. Parecia mais uma cena de um filme romântico e extremamente clichê. Mas do mesmo jeito senti meu sangue borbulhar de raiva dentro das minhas veias.
Uma ideia veio em minha mente...
Onde será que esse cara deixou o carro?
Dei uma chacoalhada na cabeça e afastei esses pensamentos. Acho que isso seria loucura demais para mim.
Mas se eu o ver com o Brasil novamente, não vou me segurar!
Fiquei observando os dois feito uma águia. Nenhum simples gesto ou movimento passava despercebido dos meus olhos. Porém, minha tocaia foi interrompida quando vi o reflexo de um farol bater no vidro. Me virei para trás e vi uma pessoa em uma moto do lado de fora do portão. Voltei a olhar pra dentro e o esverdeado já não estava mais no sofá. De repente eu ouvi um barulho vir da porta e me assustei. Rapidamente saí de trás do vaso e me escondi atrás da parede lateral.
Ouvi o barulho do motor da moto se aproximar e então parar. Em seguida vieram as vozes. O motociclista disse um valor e tudo que ouvi o brasileiro falar no fim das contas foi obrigado. Depois disso a moto foi embora e assim como o portão, a porta da casa se fechou.
Voltei a me esconder atrás do vaso de planta e olhei o quê estava acontecendo lá dentro. Os dois estavam comendo juntos no sofá. Senti minha raiva aumentar e fechei os punhos. Era como se tivesse algo dentro de mim que grita para que eu fosse interferir. Mostrar que o esverdeado é meu e brigar pelo meu território. Me sinto como um animal pronto para avançar sobre seu rival e defender o que é seu com garras e dentes. Mas voltei ao juízo antes de fazer qualquer coisa.
Talvez ele seja só um amigo próximo! Mas algo me diz que não era esse o caso. Quem toma vinho com o melhor amigo? Se fosse pra jantar pizza enquanto assiste TV, eu iria com certeza preferir uma cerveja! Olhei uma última vez para o brasileiro que ria com o homem desconhecido e aproveitei o momento para ir em direção ao muro.
Ainda bem que não notaram a corda!
☆Quebra de tempo☆
Pov. Brasil
Eu e o venezuelano terminamos de assistir o episódio da série de comédia que passava na TV. Eu já estava alterado pelo álcool e acho que o Venezuela também.
Ven: acho melhor eu ir embora... - ele falou e dava para perceber a sua embriaguez. Ele se levantou do sofá e eu agarrei seu pulso o fazendo sentar novamente.
Bra: acho melhor você ficar! - eu falei preocupado e olhando em seus olhos. Suas pupilas estavam dilatadas, e provavelmente as minhas também. Por algum motivo eu entrei em uma espécie de transe enquanto olhava seus olhos âmbar. Mal percebi que o hispânico estava lentamente se aproximando de mim. Apenas dei conta quando senti seus lábios tocarem os meus. De primeira eu fiquei em choque, mas logo o resto de consciência que tinha me fez o empurrar.
Ven: m-me d-desculpa! E-eu não deveria ter feito isso! - ele se levantou rapidamente enquanto entrava em pânico.
Bra: ei ei, tá tudo bem! - eu falei me levantando e segurando seus ombros. - pode ficar aqui, você não está em condições de dirigir! - ele acentiu com a cabeça e percebi suas bochechas ficarem vermelhas. Talvez pela bebida.
O guiei escada acima e lhe mostrei o quarto de hóspedes. Ele entrou pra tomar um banho e eu voltei para o meu próprio quarto. Tirei toda aquela roupa e coloquei meu pijama. Deitei na cama e me cobri. Fechei os olhos e esperei o sono vir.
Pov. Canadá
Eu tomei mais um banho rápido. Deitei e puxei as cobertas para cima de meu corpo. Fechei os olhos, esperando cair no sono. Mas as imagens de hoje mais cedo voltaram a passar pela minha mente feito um filme sem trilha sonora. A raiva que senti aquela hora voltou a me atormentar. Respirei fundo e me concentrei em pegar no sono.
O quê está acontecendo comigo?
Por que não consigo evitar de me sentir assim?
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Acho q já deu pra perceber q tipo de pessoa o Canadá realmente é🤡
Espero que tenham gostado!
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É isso! Beijinhos✨✨✨
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🌲Animals🌲
FanfictionUm tímido guarda florestal acaba se apaixonando por um dos visitantes da reserva em que trabalha. E agora estará disposto a fazer o impensável por seu grande amor... ~~ Querido, estou caçando você hoje à noite! ...