Seremos felizes juntos!

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Pov. Brasil

Acordei sentindo uma dor intensa na lateral do meu pescoço. Abri meus olhos lentamente, porém rapidamente os fechei assim que a claridade me cegou. Novamente os abri de forma lenta enquanto piscava. Percebi que estava em um lugar totalmente desconhecido. Tentei me levantar, mas senti que estava amarrado. Olhei para as minhas mãos e vi que meus braços estavam erguidos e minhas mãos estavam algemadas. Levantei um pouco a cabeça e então vi meus pés também algemados na cama. Meu coração bate forte no peito, minha respiração ficou descompassada e o desespero invadiu minha mente.

Sem nem pensar direito eu comecei a me debater na cama. As algemas apertadas machucaram meus membros. Com a dor, eu parei de me movimentar. Mas o desespero não foi embora, pelo contrário, só aumentou.

Bra: SOCORRO! - eu gritei com todo o ar que estava em meus pulmões. Porém não houve resposta alguma. Gritei repetidas vezes até que ouvi passos. A porta se abriu e eu fiquei espantado com a figura que via. - C-Canadá? - eu gaguejei seu nome e ele veio até mim sorridente.

Can: que bom que acordou, honey. Eu já estava começando a pensar que tinha exagerado na dose do tranquilizante! - ele falou enquanto acariciava minhas bochechas.

Bra: C-Canadá... p-por f-fa-v-vor, m-me dei-ixa ir embora. - eu o supliquei porém ele apenas riu de mim.

Can: Honey, entenda uma coisa... Eu me esforcei muito para conseguir te trazer pra cá! E não vou te deixar ir! - ele falou sorrindo para mim. Porém aquele não era seu típico sorriso gentil. Era um sorriso um tanto cínico e sinistro.

Bra: e-esse n-não é o Canadá q-que eu conheço! - eu exclamei feito uma criança assustada enquanto sentia as lágrimas se formarem e meus olhos aderem.

Can: oh, honey! Por favor não chore! - ele falou enquanto limpava as lágrimas que agora caiam livremente dos meus olhos. Logo mais ele se inclinou e chegou bem mais perto. O canadense depositou um beijo em uma de minhas bochechas molhadas e depois voltou a me olhar nos olhos. - não se preocupe, seremos muito felizes juntos! - o avermelhado disse voltando a sorrir gentil. - bom, agora eu vou ir pegar algo pra você comer!

O canadense saiu do quarto e ouvi a porta sendo trancada. Meu mundo desabou. As lágrimas continuavam a escorrer pelo meu rosto e os soluços ficaram mais altos. Queria acreditar que isso tudo é apenas um terrível pesadelo! Que irei acordar em minha cama, trabalhar e então encontrar o Canadá de verdade!






Mas isso não é um sonho...










É a mais pura e terrível realidade...




Depois de alguns minutos os quais nem percebi passar, voltei a ouvir os passos no corredor. Novamente a porta foi destrancada. O norte americano ainda de uniforme entrou com um pacote de biscoitos. Ele fechou a porta com o pé e então veio até mim e se sentou ao meu lado.

Can: honey, por favor, pare de chorar! Não gosto de te ver desse jeito! - ele falou preocupado e parecia ser genuíno. Mas a esse ponto eu nem sei mais o que pode ser genuíno nesse cara. Eu o obedeci e parei de chorar. Afinal, não quero testar sua paciência.
- trouxe seus biscoitos preferidos! - ele exclamou todo animado. O de olhos verdes abriu a embalagem e tirou a caixinha de plástico onde estão os biscoitos. - abra a boca! - ele demandou gentil e eu obedientemente fiz o que ele havia mandado. O avermelhado colocou o pequeno biscoito na minha boca e eu mastiguei. E assim foi sucessivamente. Ele colocava o biscoito na minha boca e eu comia. Olhei para o lado da janela e vi que os feixes de luz que a atravessavam por entre as barras de ferro, que o homem em minha frente havia instalado, estavam ficando cada vez mais fracas.

Bra: que horas são? - eu perguntei voltando a olhar para ele, que por sua vez olhou em seu relógio de pulso.

Can: são cinco e meia da tarde! - ele me respondeu simplista e eu arregalei os olhos. Dormi quase um dia inteiro! - é, honey, você dormiu bastante! Mas saiba que você dormindo é dez vezes mais belo do que a bela adormecida! - ele sorriu gentil novamente. - ainda se sente cansado? - eu fiz que sim com a cabeça. - quer mais um pouco? - ele perguntou se referindo aos biscoitos em sua mão.

Bra: não... - eu disse fraco. - Canadá... Eu quero tomar um banho... - eu lhe falei e ele franziu o cenho.

Can: sinto muito pequeno, mas acho que não vai ser possível! Pelo menos não hoje! - ele falou e eu suspirei. - não creio que seja uma boa ideia te soltar das algemas agora. Mas se você se comportar eu vou pensar no seu caso! - o canadense falava com aquele típico sorriso gentil e cara de inocência que poderia enganar muito bem a qualquer um. Logo o bicolor voltou a passar sua mão em meu rosto, fazendo carinho. O couro preto da luva de seu uniforme não trazia a melhor das sensações a minha pele. Mas poderia ser pior. Ainda me acariciando, ele se inclinou para frente do mesmo jeito que havia feito antes e me deu um beijinho molhado na minha outra bochecha. - amanhã é domingo e eu não trabalho. Poderemos passar o dia juntos! Gostou? - ele falou animado e eu apenas continuei em silêncio. Ele suspirou e voltou a falar. - olha, eu sei que deve estar bravo. Mas não quero que fique assim comigo! Então por favor, seja um bom garoto e eu irei te tratar feito um rei! - ele me deu mais um beijinho na bochecha e então se levantou da cama, indo em direção a porta. Antes de sair ele se virou para mim novamente. - eu irei dormir no quarto da frente. Se precisar de alguma coisa é só gritar meu nome que eu venho correndo! - ele deu mais um passo, porém voltou a se virar para me olhar. - ah, mais uma coisa! Sugiro que não tente gritar por ajuda, ninguém irá te escutar! - o canadense falou como se aquilo fosse a coisa mais normal de se dizer nesse mundo. Logo a porta se fechou e então ouvi o som da chave girando na fechadura novamente.

Deitei minha cabeça no travesseiro mais uma vez. Olhei para o teto de madeira polida e suspirei. Senti a ardência nos meus globos oculares e sabia que voltaria a chorar. Para evitar que as lágrimas caíssem eu os fechei por um tempinho. Assim que senti que já havia engolido o choro eu voltei a abri-los. Virei a cabeça para o lado e observei a janela. Não havia mais nenhum resquício dos feixes de luz entrando no quarto, logo me deixando no breu. Porém ainda é possível ver um pouco de claridade lá fora se olhar bem entre as barras. Eu suspirei mais uma vez.








Se existe mesmo algo lá em cima...














Eu o suplico...



















Por favor me tire daqui....

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⚠️ Aviso ⚠️

Antes q eu esqueça de colocar esse aviso mais pra frente, eu quero dizer que não apoio nenhum tipo de relação que seja tóxica, ou que contenha qualquer tipo de abuso! É apenas uma história! Caso não se sinta confortável com estes temas sugiro que pare de ler essa fic!

Espero que tenham gostado!

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É isso! Beijinhos✨✨✨

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