Livros

418 42 14
                                    

Pov. Brasil

Senti meus olhos arderem com os raios de luz que entravam pela janela. Mesmo assim ainda sinto que estão pesados, provavelmente por eu ter tido uma péssima noite de sono. Logo ouvi o som da porta sendo destrancada e então a figura do canadense apareceu. Estava vestido de forma simples e tinha uma bandeja na mão, além de um sorriso no rosto.

Can: bom dia, honey! - ele falou animado enquanto vinha em minha direção. Eu não o respondi e ele também não se importou com isso. Canadá colocou a bandeja no móvel ao lado da cama e então direcionou seu olhar para mim. - dormiu bem? - eu continuei calado e ele suspirou. - óbvio que não. Quem consegue dormir bem estando algemado? - ele murmurou para si mesmo mas eu escutei. O avermelhado estava a ponto de pegar algo na bandeja porém eu intervi.

Bra: tem como soltar minhas mãos? - eu pedi de forma fraca e ele me olhou.

Can: ah, honey. Eu adoraria mas... - eu o cortei.

Bra: por favor... - eu o supliquei e ele suspirou.

Can: prometa que não irá fazer nenhuma gracinha! - ele falou autoritário e eu fiz que sim com a cabeça. Então o canadense pegou as chaves do bolso de sua bermuda e tirou minhas algemas. A sensação de ter minhas mãos livres novamente é estranha. É um pouco dolorida. - oh, olha só pro estado das suas mãos! Eu vou ir pegar uma pomada! - com isso ele saiu do quarto e trancou a porta. Eu apenas continuei parado. Não adianta tentar fazer alguma coisa, ele vai voltar a qualquer momento. E dito e feito! O norte americano voltou para o quarto e se sentou ao meu lado. Ele passou a pomada nas minhas lesões e eu dava pequenos gemidinhos de dor. - trouxe seu café da manhã! - eu me sentei na cama e ele colocou a bandeja no meu colo. Admito que sua comida parece ser apetitosa. - prove! - eu dei uma garfada nas panquecas com xarope e então levei até a boca. O gosto é tão bom quanto a aparência. Sem mencionar na fome que estou sentindo. Comecei a comer feito um louco faminto. - ei, vá devagar! - ele falou risonho.

Bra: desculpa... - me desculpei de forma fraca pela minha falta de educação.

Can: não precisa se desculpar! Fico feliz que gostou das minhas panquecas! - com isso eu terminei de comer. O canadense pegou as algemas que estavam jogadas no colchão e estava pronto para me prender novamente.

Bra: por favor não! - eu o supliquei desesperado.

Can: sinto muito, honey. Eu tenho... - eu o interrompi.

Bra: por favor, Canadá... - meu pedido saiu mais como um murmúrio e ele suspirou de forma pesada.

Can: você vai se comportar? - ele me olhou nos olhos.

Bra: vou, eu prometo! - falei desesperado e então ele largou as algemas.

Can: não quero que se sinta mal aqui, portanto eu vou tirar o resto das algemas... Mas saiba que se você tentar alguma coisa...as consequências podem ser terríveis! - ele avisou em tom de ameaça. Se tem algo que eu aprendi nessa vida, é que tem que ser esperto para escapar de uma situação dessas! Já vi em tantos filmes e livros a pessoa sequestrada fazer alguma burrice para tentar escapar e no fim acabar levando a pior. Mas meu plano é outro! Só preciso conquistar sua confiança e ter um momento oportuno. O canadense passou a pomada nos meus tornozelos assim que tirou as algemas. Logo ele se levantou e foi para a porta. - Você não vem? - eu rapidamente me levantei e com certa dificuldade fui até o mais alto. Ele por sua vez sorriu e passou o braço pela minha cintura.

Começamos a andar por um corredor com algumas portas. Era tudo feito de madeira. Logo descemos uma escada e então chegamos a uma sala, onde há um sofá de tamanho médio, uma mesinha de centro e mais algumas mesas que parecem ser de escritório no canto. O lugar não era pequeno, mas também não era enorme. Talvez seja uma espécie de cabana.

🌲Animals🌲Onde histórias criam vida. Descubra agora