Remédios

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Pov. Alemanha

Eu obedecia a voz do GPS do carro. O céu da tarde ainda está claro. Essa estrada é bem longa e um tanto quieta, não vi nenhum outro carro o caminho inteiro.
A voz feminina do GPS soou novamente dizendo que eu havia chegado ao meu destino.

Parei o carro em frente ao lugar. Pela janela do carona eu espiei o que havia lá fora. A casa além do portão parecia ser enorme. De fato muito bonita! Tirei o cinto de segurança e peguei a minha maleta de matérias para colher provas. Sempre a deixo no carro. Abri a maleta, coloquei as luvas nas mãos, a fechei e então saí do carro. Dei alguns passos e parei em frente às barras do portão. Dei uma olhada nele e percebi que era automático. Como não tenho o controle e nem a chave, além do fato de estar sozinho nessa, o jeito seria arrombar. E é isso que vou fazer.

Deixei a maleta no chão e respirei fundo. Com toda a minha força eu bati com o braço inteiro contra o portão, que por sua vez apenas chacoalhou. Bufei em irritação e então joguei meu peso contra ele novamente. Ele balançou mais, porém a "tranca" estava começando a quebrar. Repeti o movimento por mais umas duas vezes e então finalmente o portão se abriu. Eu recuperei o equilíbrio e arrumei minhas roupas. Peguei a maleta e então entrei. É hora de descobrir mais um pouco sobre esse tal Brasil...

Deixei o portão arrombado encostado. O terreno é bem grande. O jardim é muito belo e bem cuidado. Ele deve gostar muito de estar em contato com a natureza! O espaço onde presumo ser o lugar onde ele guardava o carro estava vazio, assim como o venezuelano havia dito mais cedo. A casa era moderna e podia ver minha imagem na parede de vidro que constitui sua parte frontal. Acho que esse cara não se preocupa muito com a privacidade, dá pra ver tudo ali dentro se olhar de perto. Mas bom, eu também não me preocuparia se morasse tão longe assim.

Meu passos cessaram assim que cheguei em frente a grande porta de entrada. Passei meus olhos pela entrada e nos arredores. Não há nenhuma câmera aqui...
O criminoso pode ter se aproveitado disso. Se é que realmente existe um. Afinal esse tal Brasil, pode simplesmente ter tido um colapso mental devido ao seu isolamento. Não seria algo fora do comum! Dei mais uma olhada por ali, dessa vez na tentativa de achar alguma chave reserva. Tinha um vaso de plantas, algumas pedras e flores. Andei até o vaso e então eu olhei em seu interior. Apenas terra. O empurrei um pouco e então pude ver o objeto prateado do no chão. Sorri para mim mesmo e o peguei. Deixei o vaso em seu lugar e voltei para a porta. Coloquei a chave na fechadura e então girei para a esquerda. Não deu certo. Tentei para a direita e ouvi ela destrancar.

Guardei a chave no bolso e abri a porta.
Assim que entrei, me deparei com uma enorme sala de estar. A decoração era bonita, mas sem deixar o ambiente muito carregado. A maioria era em tons de preto com cinza, com alguns outros toques é claro. Me aproximei do sofá. O móvel de camurça está totalmente vazio, na mesinha de centro havia um livro e os controles da TV. Tudo ali parecia intocado. Cada coisa em seu lugar e definitivamente imaculado. Olhei para as poltronas e as outras decorações, não havia nada de importante...

Me direcionei então para a mesa de jantar. O mármore branco deve ficar bonito com a luz do lustre. Atrás dela haviam as escadas, mas primeiro vou terminar de olhar este andar. Fui para a cozinha. As bancadas de mármore preto estavam totalmente limpas. Os bancos parecem não terem sido mexidos. Abri os armarios em cima da pia e apenas vi alguns alimentos. Abri outro que dessa vez era grande e me deparei com varias garrafas de bebidas. Na parte de cima estavam vinhos, na prateleira de baixo estavam outras bebidas mais forte como whisky, vodka e tequila. Isso é bebida demais para um cara só!

O próximo foi a geladeira. Tudo ali dentro parece estar em validade e em bom estado. Finda minha vistoria, eu deixei a cozinha indo em direção às escadas.

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