Cap. 1 - Voz do além

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-- Esse cheiro de sangue, me dá arrepios. Sei que não é real, mas parece estar borbulhando dentro de mim. Espero ser apenas coisa da minha cabeça. -- pensava a garota sentada em sua carteira, olhando para o vazio alaranjado do ceu, através da janela de sua solitária sala de aula que repente é acordada de seus profundos pensamentos por sua amiga Kaori, que aparece na sala a chamando.

-- Vamos Annete, vai ficar o intervalo todo aqui?!

Logo depois caminhavam as duas pelos corredores com seu amigo baixinho chamado Deny.

-- Aí que estranho amiga, isso é assustador. -- disse Kaori.

-- Será que isso não é um mal presságio?

-- Eu não acredito nessas coisas, na verdade eu sempre senti cheiros fantasmas assim desde criança e a médica da família disse que é normal. Apenas ficou mais forte, sempre passa com tempo e paciência.

De repente uma garota loira com tiara branca, passa com seu grupo de colegas e derruba os livros de Deny.

-- Qual é o seu problema? -- disse Annete olhando fixamente para Penélope que estava rindo enquanto caminhava.

-- Me pergunto por quê você anda com essa garota, Dom. -- com raiva disse Kaori para o seu irmão que a ignora, saindo dali com o grupo abraçado a uma garota.

-- Não entendo o que aconteceu com vocês, eram melhores amigas desde o fundamental. -- questionou Deny para Annete.

Minutos depois na saída da escola, Annete caminhava ao lado de Kaori e Deny, quando de repente Penélope e suas amigas se deparam com eles.

-- Hora hora.

-- Kaori e Deny, fujam! Elas estão aqui por mim.

-- Tá louca, vamos ficar aqui com você.

-- Não vamos te abandonar.

-- Eu já disse para irem embora, VÃO LOGO!! -- viu Annete, seus amigos correrem.

-- Você é muito burra, em grupo poderia dividir a surra entre os três.

-- Vai se tratar sua doente, não tenho medo de você! É toda confiante por estar em grupo, vem sozinha!

-- Acha mesmo que eu tenho medo de você? Gosto de dar surras, mas minha paixão é o terror psicológico.

-- Patética! -- disse Annete rindo e logo depois corre para longe sendo perseguida.

Após alguns longos minutos de perseguição, Penélope a única que corria atrás de Annete, desiste.

-- Te odeio por ser mais rápida que eu.

-- E também mais inteligente, agora respira se não tu vai dar um treco. -- dizia Annete correndo dali, e após alguns minutos de caminhada ela anda por uma rua deserta cercada por árvores banhadas pela luz do por do sol. -- Que inferno, de novo vou chegar tarde em casa.

Naquele momento Annete se paralisa sentindo cheiro de sangue e logo colocando a mão no nariz.

- Por quê isso acontece comigo? - chorava ela, que logo se assusta ao perceber algo. - Eu sei que esse cheiro não é real, mas parece vir de algum lugar como se a fonte fosse aqui perto. Esse é aquele bosque das matérias antigas que vi na TV? - entrou dentro de um bosque.

Ela caminhava por entre árvores e atravessava pequenos riachos através de troncos caídos. Até que ela deixa de sentir o cheiro de sangue e se agacha ao notar um objeto vermelho estranho entre folhas no chão, e o pega.

Contos sangrentos de AnneteOnde histórias criam vida. Descubra agora