Cap.11 - Vou te odiar para sempre

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- Esse cheiro de sangue, me dá arrepios. Sei que não é real, mas parece que estou sentindo jorrando dentro de mim. - pensava a garota sentada em sua carteira, olhando para o céu sangrento e vazio, através da janela de sua solitária sala de aula inundada pela luz vermelha.

- Annete! Annete! Quem fez isso com você? Annete se desperta com Dom vendo um ferimento em seu peito que deixou seu uniforme ensanguentado.

- Cadê a Penélope. Eu preciso parar ela, eu sou a única capaz. - estava sentada escorada em um armário na parede.

- Foi a Penélope que fez isso? Ela passou dos limites Annete. Não achava que essa birra dela com você fosse chegar a esse ponto. - viu seu ferimento se curar sozinho. - Mas o quê?

- Aquela não é a Penélope. - tentou se levantar mas caiu novamente.

- Cadê a maninha? Ela está bem?

- Está sim, mas ela não tá aqui no colégio.

- Eu vou atrás da Penélope agora. Fique aqui! - correu Dom.

- Ela é perigosa, não vá!

Penélope abre a porta da quadra da escola e caminha até o centro, haviam alguns alunos sentados e um treinador que acham estranho a aparição da figura mascarada.

- Ei você aí! Estamos em treino por favor se retire. - foi ignorado enquanto ela ficava parada. E então ele se aproxima e é perfurado e lançado pra longe.

Os alunos que ali estavam entram em desespero e fogem, o treinador ferido também se levanta e foge.
Penélope levanta sua mão e a caixa Isis infernal aparece pequena, subindo lentamente em direção ao teto e crescendo de tamanho.

- Absorva essa energia e se expanda caixa infernal. - um pequeno buraco se abre na caixa e uma energia escura começa a ser absorvida.

Dom corria pelos corredores e encontra a porta da quadra de esportiva aberta. Ele entra e vê Penélope de costas apontando um de seus braços para o teto.

- Penélope o que deu em você? - tocou em seu ombro e violentamente recebe um golpe pontiagudo infringido pela mão de Penélope. Ele apenas se afasta cambaleando e se afasta caindo lentamente contra a parede perto da saída.

- Não me toque.

Surge Annete sem a parte de cima do uniforme, apenas com uma blusa preta, ela agacha e conversa com Dom.

- Isso tem que parar! Acorde Penélope! Você está machucando seus amigos! - chorava Annete e Penélope se debulhava em lágrimas em meio a escuridão.

- Me mate Annete. Eu não quero continuar vendo isso.

- Desista! Ela não pode mais te ouvir, sua força de vontade está cada vez mais fraca.

A caixa continuava a absorver energia e ela se expande deixando todo o local com paredes escuras e com linhas de energia. Annete se levanta segurando firmemente sua athame.

- Tudo vai ficar bem Penélope, eu juro. - caminhava Annete em direção de Megume.

Penélope com seus 8 anos, estava no corredor dos quartos, quando ouve seu pai e sua mãe discutindo.

- Não importa quantas vezes eu diga, você nunca acredita em mim! Você deveria ficar do meu lado. - Os dois saem do escritório gritando um com outro com a Penélope vendo tudo.

- Não adianta falar mais nada, eles já estão chegando. Essa doença vai acabar com nossa família.

- Vamos Penélope! Diga! Diga que estava vendo eles, não me deixe passar por louca! - segurou em seu braço deixando a pequena Penélope assustada enquanto via dezenas de almas deformadas atrás de sua mãe.

Contos sangrentos de AnneteOnde histórias criam vida. Descubra agora