Cap. 7 - Uma nova casca

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Pela manhã, Uriel estava deitado em sua cama com o braço tapando seus olhos, ele estava pensativo.

- Não tô conseguindo reagir, certas coisas não estão fazendo mais sentido. - De repente seu braço começou brotar rochas fazendo ele se alongar e na ponta aparece a máscara de Megume o encarando.

- Precisamos de um novo hospedeiro, de preferência mulher. Aquela casca possuía falhas e acabei perdendo o controle sobre ela.

- Não acho legal você possuir corpos sem autorização, aquela mulher estava sendo torturada vendo você matar pessoas com suas próprias mãos. Eu estou sem propósito atualmente, pode possuir meu corpo.

- Não posso fazer isso.

- Você odeia homens, está até certa nisso. Mas poderia me contar o porquê disso, só ouvi coisas rasas.

- Irei te mostrar, logo depois poderá me julgar. - o espelho aparece e tudo é tomado por uma luz muito forte.

Após a luz sumir Uriel demonstrava uma reação perturbadora, e seus olhos jorravam lágrimas.

- É muita maldade, é tanta raiva que estou sentindo nesse momento. Eu sinto muito.

- Foi isso o que aconteceu comigo, desta vez não criei nenhuma ilusão através do espelho.

Uriel e levado para a sala escura onde estava a caixa Isis.

- Preciso de uma casca com corpo e alma resistentes, só assim poderei usar toda minha capacidade.

- Sim Megume-sama. - Uriel havia perdido o brilho em seus olhos.

Naquela mesma manhã, Penélope conversava com seu pai, sentando a mesa de seu escritório que organizava várias papeladas em sua mesa.

- Hoje é o aniversário dela, queria fazer algo pra gente relembrar, tenho medo de esquece-la.

- Se eu tiver tempo, vamos bolar algo então.

- Já faz tempo que estou esperando você ter tempo. - de repente seu telefone toca.

- Oi. Está tudo bem? Posso sim. Ok, eu escolho o local então, até mais. - desligou o telefone.

Logo depois Penélope estava em sua limosine, o veículo após alguns minutos para em um acostamento, perto de uma praia ao por do sol.

- Combinamos de nós ver aqui, mas vim mais cedo pois esse momento é muito sagrado pra mim. - disse Penélope que logo depois estava caminhando descalça sobre a areia da praia com um buquê de violetas em suas mãos. - eu sinto muito mamãe, eu sinto muito, sinto muito mesmo. Se eu pudesse, eu- estava ajoelhada na areia apertando seu peito.

Penélope coloca gentilmente o buquê na areia e se levanta sorrindo acenando para Nonna que estava longe. De repente ela vê Nonna caindo ao chão inconsciente, e ao ver isso ela corre quando se surpreende ao ver Uriel sair de trás de umas pedras com um olhar vazio.

- Uriel? Eu tenho que ajudar a Nonna.

Uma liga de pedras brota do chão saindo do braço de Uriel que agarra a perna de Penélope.

- O que está fazendo? A Nonna - se assustou ao ver a máscara de Megume brotar da liga de pedra.

- Sinto muito Penélope, mas é necessário.

- Depois de eu ter te ajudado tanto?! O Timothy não ficaria nada feliz com essa ingratidão.

- O mundo se tornará melhor, para que crianças como o Timothy não termine como ele.

- Ao menos ajudem a Nonna, não deixem ela assim. - chorava enquanto seu corpo era paralisado.

- Não resista. - falou a máscara se aproximando do rosto de Penélope, e após tocar sua face uma explosão de raios se forma.

Contos sangrentos de AnneteOnde histórias criam vida. Descubra agora