Cap. 2 - Dor após a morte

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A aproximadamente 1500 atrás, uma onda de massacre e sangue aconteciam em Gargara, uma antiga cidade no período das chamas púrpura; massacre esse causados por um tribunal religioso que pregava caça e a execução de praticantes de bruxaria. Nesse período, o massacre religioso acabará de condenar um grupo de pessoas, todos; a maioria mulheres, sendo condenados por serem acusadas de compactuarem com entidades demoníacas.

Naquele fatídico dia, dentre o grupo havia um casal com suas filhas gêmeas idênticas, Elizabeth e Mina; ambas de cabelos ruivos, detidas em uma prisão de um grande reino chamado Aezher. A noite os pais são separados de suas filhas e levados para praça com centenas de pessoas que assistiriam o julgamento do grupo, enquanto as duas únicas crianças foram mantidas na prisão vendo cavaleiros pendurando duas cordas no teto.

O grupo de acusados que foram levados para fora da prisão, eram amarrados em um círculo feito de troncos, onde seriam julgados por um tribunal local religioso.

- Que Deus tenha piedade dessas almas imundas que profanaram o nome do criador. Esse grupo de bruxas foram subjugadas e condenadas a fogueira por se aliarem a entidades demoníacas que trouxeram morte e desgraças a família real, além de amaldiçoar nossa terra com fortes tempestades e secas prolongadas. O que entregaram eles além das ervas encontradas, foram os cabelos vermelhos dessa mulher, cabelos vermelhos como fogo. Confessem os seus crimes e sejam perdoados por Deus nesse momento. - pregava um padre diante dos condenados.

- Eu confesso, e peço perdão a Deus. Sim, fizemos pactos com o diabo e criamos várias toxinas prejudiciais a saúde humana, fomos ludibriados a matar nosso rei. - confessa um homem desesperado fazendo todos ali ficarem enfurecidos, inclusive os condenados.

- Por quê está dizendo isso? Isso não é verdade! - gritou uma mulher que também estava amarrada ao tronco.

- Eu estou sendo torturado desde cedo pra que eu confesse esse crime, não aguento mais apanhar, a morte é a nossa única salvação, não perceberam? - disse um homem todo ferido.

- Não adianta, estamos cercados por fanáticos religiosos, estão colocando palavras em nossas bocas e não podemos nem nos defender, já estamos condenados. - disse o Pai das crianças segurando a mão de sua esposa.

- Por todas pessoas inocentes que estão sendo mortas, eu os amaldiçoo, eu os amaldiçoo, eu os amaldiçoo! vocês e seus descendentes! Que vivam uma vida miserável e que a solidão os devore até que tirem suas próprias vidas! - gritava enfurecidamente uma mulher após seu julgamento.

- Rápido! Levem essa mulher e a enterre viva dentro de um caixão de ferro coberto por chumbo e proteja esse lugar enquanto viverem para que a maldição dessa maldita bruxa não caia sobre nós. - disse o sacerdote ao ver a mulher ser levada por soldados para longe dali.

Todos se espantam com a reação da mulher que se revelou entre os condenados.

- Diante disso, não há quaisquer dúvidas sobre as acusações que caíram sobre vocês.

- Por favor, alguém proteja nossas filhas. - dizia a mãe das crianças chorando com os olhos fechados.

- Que o diabo receba todas vocês no lago de chamas no inferno. Queime todos! - dizia o padre com um sorriso nos olhos ao ver todos agonizando enquanto eram queimados vivos.

Uma mulher encapuzada estava espreitando o local com duas crianças também encapuzadas. As crianças ficaram paralisadas ao ver seus pais sendo queimados vivos junto com as outras pessoas.

- Vocês precisam sobreviver, só assim poderemos partir em paz, mesmo com uma morte agoniante como essa. - se despedia a mãe das crianças com lágrimas no olhar, as encarando no meio da multidão enquanto seu corpo era incendiado.

Contos sangrentos de AnneteOnde histórias criam vida. Descubra agora