Eterna (parte 4/?)

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oi gente, esse é o último capítulo de Eterna que eu posto aqui. Daqui em diante, vão para a outra história, "Eterna - (Marahope)".  Vocês podem achar ela no meu perfil. Link nos comentários desse parágrafo.

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Abril, 1997

Uma troca de passes rápida entre Angella, Shadow Weaver e Mara deixa Ruby na cara do gol: 1 a 0.

Menos de cinco minutos depois, Light Hope faz um lançamento longo após desarme na entrada da própria área, a bola cruza boa parte do campo, cai entre Mara e uma zagueira canadense, a eteriana deixa a rival comendo poeira na corrida, fica cara-a-cara com a goleira e marca o segundo gol: 2 a 0.

De cabeça em escanteio cobrado por Shadow Weaver, a centroavante Lily aumenta pra 3 a 0, e logo em seguida o final do primeiro tempo é apitado.

No comecinho do segundo tempo, as canadenses até tentam pressionar, mas esbarram na pesada marcação eteriana. Em dois contra-ataques rápidos, a goleira das nortistas é forçada a duas grandes defesas, num chute de Mara a longa distância e outro de Lily invadindo a área. Na cobrança de escanteio decorrente do último lance, o quarto gol sai, dessa vez da zagueira Wiana, de cabeça, em cobrança de Shadow Weaver novamente.

Aos 40 minutos do segundo tempo, o quinto e último gol da partida sai: Lilac rouba a bola na esquerda, puxa um contra-ataque rápido a uma velocidade tão alucinante que nem parece que já está correndo há 85 minutos e manda um cruzamento por trás, ao qual Mara alcança de peixinho para marcar o seu segundo gol.

A goleada por 5 a 0 só não é mais estrondosa que a torcida eteriana, que faz o estádio vibrar feito um jogo decisivo de Copa do Mundo. E enquanto caminha de volta ao vestiário, o peito inundado por um sentimento quente de realização e euforia, começam os gritos...

"MARA! MARA! MARA! MARA!"

O que começa com poucos torcedores se espalha feito uma febre, e logo o estádio inteiro grita o seu nome.

– Você sentiu falta disso – constata alguém num tom divertido. Alguém que Mara facilmente reconhece, que passou meses sem o mínimo contato: Light Hope.

– Senti – admite. Sente-se boba só de ouvi-la dirigir-se a ela com tanta calma e leveza.

Em silêncio, as duas velhas companheiras seguem seu caminho até o vestiário, lado a lado.

– Então, como tem estado? – indaga Mara, quando estão quase alcançando a porta. Hope dá de ombros.

– Normal. E você?

– Vou... bem...

– Nossa...

– O que foi? – indaga Mara, levemente assustada com o súbito "nossa" da outra.

– Acabei de notar... eu ainda nem conheci a sua filha.

Mara quase engasga na própria saliva. Quando nota, Light Hope tem um sorriso maroto, um olhar... misterioso, talvez? Não sabe como definir. Mara abre a boca para responder algo, mas Hope abre a porta do vestiário e a deixa para trás. Mara ainda pensa em ir atrás dela e retomar a conversa, mas não sabe o que dizer.

Distraída, Mara se senta no banco do vestiário, a sós, por uns poucos minutos, os olhos passeando pelo ambiente de azulejos brancos e garotas seminuas, umas conversando animadamente entre si, outras indo direto pro chuveiro. Hope é uma dessas. Mara a localiza no fundo do vestiário, prestes a entrar num dos boxes, vestindo um conjunto de roupa íntima azul forte e uma grande toalha branca pendurada nos ombros.

A visão do corpo esguio, de pele branca, macia, quase sem falhas de Light Hope é... excitante.

Mara se estapeia mentalmente, alcança sua mochila e parte para uma ducha também.

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⏰ Última atualização: Oct 09, 2023 ⏰

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