-sᴛʀᴇᴇᴛ ғɪɢʜᴛ - Kemma Imagine

🅳🅾🅸🆂

Possível gatilho: Corpos baleados

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-Onde você tá? - eu pedi salvando tudo no meu computador e indo para a porta.

-Estamos no fim da cidade..onde só tem mato, demoraria muito para você chegar aqui. - ele suspirou - por que não dorme um pouco e amanhã conversamos?

-Dormir o que? Duas horas? - eu ri desligando as luzes.

-Não precisa vir aqui. - ele falou seco.

-Vou tomar um café e te vejo as sete no escritório.

-Irritante...

-Calma aí vovô, vai morrer de parada cardíaca caso se irrite muito - eu brinquei enquanto descia as escadas, se fosse pelo elevador perderia o sinal, e eu amava irritar o Ukai.

-Garota você me estressa muito, vou me aposentar mais cedo só por sua causa. Enfim - ele respirou fundo - se cuide.

-Pode deixar vô. - eu disse antes de desligar, rindo enquanto imaginava a cara de raiva dele.

Ukai era meu chefe a bastante tempo, mas além de chefe ele era o pai que eu nunca tive, alguém que me incentivou a estudar e me deu o emprego assim que me formei.

Seu filho tinha minha idade, Keishin era meu amigo desde o ensino médio, mas eu não o via muito. Nós passávamos bastante tempo juntos então eles me consideravam da família.
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Decidi ir para um Starbuks que ficava próximo. Pedi um café preto bem concentrado e uma rosquinha.

Depois que comi, fui para meu apartamento tomar um banho gelado e corri para a sede, por incrível que parecesse, eu estava atrasada.

-Bom dia Hana. - eu sorri.

-Bom dia senhora S/N.

-Sabe - eu disse me aproximando do balcão e colocando os cotovelos para apoiar a cabeça. - Hoje é sexta...

-Sim - ela riu - quer fazer alguma coisa?

-Com certeza - eu suspirei - não aguento mais caçar e caçar uma pessoa que parece um fantasma.

-Então sair me parece uma ótima ideia.

-Perfeito - eu sorri de orelha orelha - vou chamar Hitoka para ir junto, tudo bem?

-Por mim sem problemas..ah- o telefone tocou e ela fez um sinal de desculpas.

Eu apenas assenti e subi as escadas lentamente.

-S/N! - Ukai gritou de dentro da sala.

-Hmmm - eu arrastei o som até entrar no cômodo.

-Quer saber o que aconteceu? - ele disse colocando um cigarro nos dentes.

Eu assenti e ele assoprou a fumaça, enquanto Hitoka colocava a garrafa térmica na mesa.

-Um morador no fim da cidade ligou reclamando de barulhos de tiro, e quando chegamos lá para averiguar o local - ele fez uma pausa para expirar - bum..achamos dois corpos baleados.