🆀🆄🅰🆃🅾🆁🆉🅴

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Gatilho: muito explícito de tortura, acidente de carro, e essas coisas.
Qualquer coisa vcs podem me pedir pra resumir que eu faço sem problemas porque eu sei que esse capítulo tá meio pesadinho mesmo, então me peçam sem medo que eu resumo apenas as coisas mais importantes, sem tantos detalhes.

-Kemma - eu gritei do outro lado da praia - o sol tá nascendo!

Fazia quatro dias que estávamos nessa viagem, no primeiro fomos naquela festa com brasileiros, no segundo fizemos tatuagens, e andamos pela cidade no terceiro.

Hoje eu e Kemma acordamos cedo para ver o sol nascer.... bom.. acordar era uma palavra complicada, nós simplesmente viramos a noite.

Era assim que funcionávamos, eu muitas vezes não conseguia dormir pela dor de cabeça, e ele apenas tinha problemas em pegar no sono. Imagino que toda sua infância seja um dos culpados por suas noites mal dormidas.

-Nossa - ele suspirou quando me alcançou.

Eu olhava para o mar, mas lá no fundo, o sol nascia. Estiquei minha mão um pouco relutante e entrelacei meus dedos nos seus.

Ficamos assim por algum tempo, apenas aproveitando a briza fresca da manhã, o cheiro salgado do mar, o barulho fraco das ondas, a água gelada nos pés, e principalmente, a companhia um do outro.

Não precisávamos falar nada, aquele momento em si era a melhor coisa que poderia estar acontecendo, era calmo, relaxante...e me deixava feliz.

Quando o sol já havia dado as caras, nós decidimos voltar para o hotel. Eu não estava tão cansada, mas Kemma sim.

Subimos até o último andar e nos deitamos na cama. Eu esperei Kemma adormecer por completo e decidi comprar algo para ele, talvez uma blusa da praia, ou até alguma lembrancinha.

Calcei meus sapatos rapidamente e sai pela porta, descendo até o térreo.

As ruas estavam começando a encher, não devia ser mais de 7:30, nós ficamos um bom tempo aproveitando lá na praia até ir embora.

Me esquivei pelas pessoas apressadas que começaram a aparecer e entrei em uma loja de quadros, olhei um por um, em busca de algo chamativo e que significaria algo. Mas nada.

Sai e entrei na segunda loja, incensos e pedras para todo o lado, não acho que seja algo que Kemma gostaria.

Sai novamente frustrada, nem acreditava no que estava fazendo, quando que eu havia me tornado tão mole a ponto de sair comprar presentes?

Entrei em um beco para cortar caminho e ir em direção da praia.

Mas de repente. Tudo ficou preto. Eu vi pontos brancos. E senti uma forte pancada atrás do pescoço. Meu rosto encontrou a pedra gelada da calçada. E meus olhos se fecharam com força.
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-Onde estamos indo? - eu me mexia no banco de trás do carro.

-Para algum lugar longe filha.. - minha mãe falava um pouco assustada, mas por que?

-Pai por que a mãe tá assim? - meu cinto estava não simplesmente encaixado no acento como deveria ser, antes de entrar no carro eles amarraram o cinto na trava de uma forma que eu não conseguiria sair.

-Sua mãe está normal filha - ele se ficou para trás sorrindo...mas tinha lágrimas em seus olhos.

-O que está acontecendo? - eu balançava a cabeça, lágrimas começaram a descer.. e o medo deu as caras.

-sᴛʀᴇᴇᴛ ғɪɢʜᴛ - Kemma ImagineOnde histórias criam vida. Descubra agora