🆀🆄🅸🅽🆉🅴

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Gatilho: os mesmos do capítulo anterior. Esse tá um pouco mais leve mas mesmo assim, se quiser me chama que eu resumo!!

E eu já queria agradecer aqui no início pelas quase 400 views vcs n sabem o quanto isso me deixa feliz!!

Enfim, boa leitura :)

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Quando Tsukishima a abriu, eu ouvi um barulho de tiro.

Foi alto, logo atrás de mim, não sabia se o loiro foi atingido, ou se ele que usou a arma.

Minhas pernas começaram a tremer, minha respiração começou a vacilar.

-S/N? - era a voz da.... Shimizu?

Uma onda de alívio percorreu pelo meu corpo, eu não tinha ideia do quanto esperava que eles chegassem logo.

-E-eu to aqui- eu disse com dificuldade, as feridas recém abertas ardiam na pele.

Ouvi ela se aproximando e virando a cadeira, quando finalmente me virei parecia que fazia anos que não a via. Quanto tempo estava ali?

-Meu deus - ela suspirou, lágrimas começaram a brotar em seus olhos, mas ela chacoalhou a cabeça impedindo que elas descessem, eu estava tão ruim assim? - vamos te tirar daqui.

-Por que você está aqui?

Ela me olhou confusa.

-Porque você está sumida a quase três dias. - ela se mexia rapidamente com um alicate para cortar as correntes e me libertar.

-Três dias? - eu gelei. Como era possível? - e-eu nem comi durante esse tempo.

Observei a sala, a mesa com o pano estendido.. o corpo de Tsukishima no chão com um tiro no peito, logo do lado eu vi uma corrente com um crucifixo e um anel. Meus olhos voltaram para o pano branco e algo me chamou atenção, na mesa, estavam não só alicates e facas como eu imaginei, mas...seringas?

-É com isso que tá preocupada? - ela cortava aqueles metais dos meus pulsos e quando os senti finalmente fora da minha pele o ar gelado relaxou a região, e olhando um pouco percebi que estavam bem arranhados e machucados.

Com os braços já soltos eu passei o dedo pelo corte e vi que estava mais fundo do que eu pensava, e não parava de sangrar.

-Tem alguma coisa para estancar isso? - eu apontei para meu braço quando ela olhou para cima.

Ela balançou a cabeça negativamente pensando em uma solução enquanto trabalhava para libertar meus pés.

Eu puxei a camiseta que estava usando por dentro do short para cima e a coloquei entre os dentes, puxando para baixo e rasgando um bom pedaço. Estremeci de dor, ainda era ruim me mexer muito. Coloquei o pano sobre o corte e o apertei firme, fazendo um nó com a ajuda dos dentes.

-Pronta? - ela tinha libertado meu pé, estava me sentindo mais livre que nunca.

Eu me levantei com dificuldade, estava mais fraca do que imaginada, e minhas pernas estavam a muito tempo sem mexer.

Consegui ficar em pé e minha visão ficou escura e turva. Deixei de lado a sensação e dei pequenos pulinhos no lugar, soltando os braços para esticar bem. Eu sabia que precisaríamos correr para sair dali, e muito.

-Pronta. - menti, mas queria correr daquela sala, daquele balde, daquele corpo e o sangue que já escorria pelo chão.

A cara de Tsukishima ficaria para sempre na minha mente.

-sᴛʀᴇᴇᴛ ғɪɢʜᴛ - Kemma ImagineOnde histórias criam vida. Descubra agora