- Você aqui? | O que...?
- O que você está fazendo aqui? Agora deu de me espionar e me seguir foi?
- Não sei se você se lembra, mas meu amigo, aquele que estava com você, está ai dentro provavelmente precisando de alguém pra conversar.
- Aah, não está não, eu lhe garanto. Ele está na boa com um doutor chamado Fernando não sei do que...
- Fernando Henrique.
- Isso mesmo. Vocês também se conhecem?
- Ele deu assistência para o Rick quando ele veio pra cá, ele estava muito mal.
- Esse pedaço da história ele não me contou!
- hum... mas o que você faz aqui fora? Não devia estar lá dentro? | Como as pessoas conseguem ficar irritante as vezes, pena que esse lado dele eu conheço desde o dia em que ele me chamou de garçonetezinha de quinta. Mas não faço questão de lembrá-lo.
- Estou tomando ar puro e não precisa sair falando pra aquele doutorzinho que eu fugi da maca.
- Não magina se não. | Aah aquele garoto me paga. Não me importei de sair do hospital com aquela roupa estranha, eu estou de lingeri por baixo mesmo, e também nunca fui famosa a ponto de alguém me reconhecer. Andei sem rumo igual a sempre quando estou sozinha pra pensar. Sem perceber, estou sentada em um banco na avenida principal da cidade. Estou perdida em meus pensamentos quando sinto a presença de alguém, sem conseguir tirar meus olhos de um ponto fixo en que nem sei o que se passa, escuto alguém me chamando:
- Eii, está ai?
- Desculpa, estava pensando. Você aqui de novo? Ta me seguindo é?
- Lá no Hospital foi por acaso mas aqui eu vim por que o Rick me pediu. Ele sabe que você não está muito bem e me pediu pra te acompanhar e te fazer companhia.
- Hum.
- Então, você é a famosa Sttefany?
- Não, eu nao sou famosa!
- Não nesse sentido, é por que você fugiu, sumiu e praticamente deu a louca falando que iria se matar se alguém chegasse perto. | Me lembrei da ligação e começei a rir.
- Do que está rindo?
- Da hora em que recebi a ligação, nem me lembrei disso depois. Aí eu comecei a "surtar" geral no hotel. | Fiz mensão de fazer aspas no ar na palavra surtar. Ele riu da situação.
- É, eu estava lá, bem atrás da polícia vendo esse sena toda e me matando de rir. | parei de dar risada na hora, e ele começa.
- Não deviamos estar conversando, adeus. | Me levanto e vou em qualquer direção. Estou sem rumo outra vez, olho pra trás e não o vejo. Ando mais um pouco e sento no meio fio, atrás de um carro no acostamento. Estou pensando em que vou fazer da minha vida. Não sei nem o que quero cursar após acabar meus estudos. Tenho só mais um ano e meio, já que mês que vem eu vou completar os meus tão indesejáveis 16 anos. Não que eu não goste do meu aniversário, só não quero ficar presa a Amanda para sempre, ela nunca iria querer me ver bem na vida enquanto ela está largada.
Já percebo muitos olhares em cima de mim, principalmente um que a muito tempo está a me divitir a atenção com um celular, presto bem atenção e tenho certeza que ja o vi. Ele está de lado e com o olhar fixado no celular, quando ela olha novamente em minha direção, consigo ver quem é e não é nada menos do que o melhor amigo do Rick, aquele metido da lanchonete que eu ainda não sei o nome.
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Uma Vida Negativa
RomanceCriada por sua mãe, Liseh Sttefany Alonso leva a vida de uma 'empregada' qualquer na própria casa. Ela está siente que só havera isto em sua vida inteira. Até que sua mãe casa e ela consegue criar coragem para mudar seu futuro.