Trabalho À Parte

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Como minha casa é daquelas grandes, tem uma portinha no fundo é tipo entrada para funcionário,  pena que aqui em casa nao tinha nenhum. Eu sempro entro por lá. Quando passei pela sala, estavam minha mãe e minha irmã,  Emily a mais velha e 'perfeita' da casa. Elas estavam conversando algo do tipo;

   -(...) olha, eu fiquei sabendo que chegou mais um lindo, rico e solteiro aqui na cidade. Parece que ele é viúvo e tem um filho super, hiper e mega gato. Que tal você dar uma investida nele?! Você nao queria ser rica e ostentar luxo? ... - foi algo do tipo. Vamos se dizer que a sala é super grande e como eu não me interessao por esse assunto, passei o mais rapido possível.  Será a quarta vez que minha mãe tenta fazer isto.

Cheguei no meu quarto, joguei a mochila em uma cadeira que tinha ali, coloquei uma blusa folgada e um shorts e desci para fazer almoço.  Não tinha percebido que minha irmã e minha mãe estavam com a cara verde, de um produto que elas usam. Me assustei ao ver elas, fiz uma cara de espanto e elas viram.

   - O que é isso garota? Você tem o direito de nos insultar com essa cara de defunto. Termine logo com isso e suma da minha frente. - É, eu tinha cara de defunto mesmo, sou muito branca, de olhos bem claros e cabelos loiros. Não gosto de me arrumar, não serei bem vista mesmo então nao me importo nada. Minha mãe é assim comigo sempre, depois que meu pai perdeu minha guarda quando eu estava com quatro anos, ele sumiu e Amanda, minha mãe,  se dedicou a ficar rica à custas dos outros. Não deu certo até agora.

Nos mudamos pra cá no comeco do ano, ou seja, já faz meio ano que estou neste outro inferno que chamam de cidade.

Terminei de arrumar a bagunça que fiz fazendo o almoço, servi meio prato de comida, já que eu não como muito, fuo para meu quarto e passei a chave nele.

A casa era grande, tem uma sala e uma cozinha enorme, cinco quartos com banheiro e closet, e uma é a suíte de Amanda, tem uma sala de jogos, uma de música, uma biblioteca pequana (afinal só eu que sustento aquele quartinho miúdo) e um quintal pequeno, por que não gostam muito de plantas. Dos quartos o meu é o último, mais distante e o mais simples (uma cama, um criado, dois pufs, uma mesa e cadeira para estudar, uma tv antiga, um pequeno closet e o banheiro).

Eram 12:15 quando levantei e fui tomar banho, estava assistindo tv o tempo todo. Coloquei meu uniforme e fui trabalhar.

O trabalho era uma coisa que eu ja estava acostumada, desde muito cedo minha mãe me fez trabalhar aqui. Tive qie sustentar pressão e muitas das conta em casa sou eu quem pago. Mas em fim, essa lanchonete era bem vista aqui na cidade, fica a duas quadras de casa. Meu horário é das 13:00 às 21:30, na hora que fecha as portas. Não tenho amigos amigos aqui também, só colegas, e nenhum deles vão muito com minha cara. Só aqui eu consigo coloca um sorriso de verdade no rosto, somente quando eu vejo as famílias unidas, dando risada e se divertindo bastante. Aí eu vejo a falta que faz meu pai, a atenção dele e o carinho inexistente da minha mãe. Mas tudo acaba quando eu volto  a realidade e vou atender as mesas.

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