Cinco e quinze, hora de pique por aqui. Já colocamod mesas extras ,na sexta-feira enche de mais. Dez minutos depois chega um tumulto na porta, aparecem um homem de cabelos grisalhos, aparentava ter uns 50 anos mas estava em boa forma, dois rapazes de mais ou menos uns dezessete à dezenove anos, muito lindo mas aparentavam ter o nariz empinado.
A garçonete mais patricinha do estabelecimento largou um casal que estava atendendo ( que depois eu tive que atender) e foi tomar nota dos pedidos dos novos clientes:
-Olá, boa tarde! O que desejam?
-Oi querida, a jovem mais linda que vi desde que cheguei aqui.
-Oh senhor, muito obrigada. Os senhores tambem são muitíssimos elegantes.
- Que nada meu bem, mas vamos ao que interessa...-e continuaram com os pedidos. Um dos garotos não tirava os olhos de um celular de última geração, e o outro, bem, ele so repava em tudo, em tudo mesmo.
Os pedidos deles estavam prontos. Quando a patricinha, ops, minha colega, foi passar pelo galpão, torceu o pé com nao sei o que, a bandehaa com os pedidos cambaleou em sua mão e ela estava deixando cair bem quendo EU apareci e tive a importunasorte de pegar antes que toda comida caisse no chão.
Ajudei a desastrada a levantar e fui levaros pedidos até a mesa. O garoto que nao parava de olhar para tudo, me encara parecendo não ter me visto por ali ainda.
-Desculpa o encoveniente! A outra garçonete torceu o pé. -Falei
-Será que não é so uma desculpinha para vir até aqui na mesa? -Ai! Eu não acredito qie ele falou isso. O cretino que não para de olhar o celular, sorriu com satisfação.
-Perdão, quer que eu a chame? - eu estava de um jeito supreendentemente calma.
- Nao, nao, Minha jovem. Muito obrigado. - Uiih pelo menos esse velho é educado.
Deixei os pedidos e fui atender as outras mesas sem nem olhar para trás, mas tive a impressão de estar sendo observada. Quando me virei, vi que os dois rapazes estão me olhando. Depois que notaram um certo desconforto, tiraram os olhos de mim.
Depois de um tempo levei a conta até a mesa. Quem pagou foi o mais velho e o menino que mal abriu a boca, aquele que não parece muito metido, e ainda me em um guardanapo escrito "É pra você" com uma nota de cem reais dentro. Olhei para ele e ele apenas sorriu. Um soreiso tímido mas o mais sincero que eu já vi. Sorri de volta.
-Voltem sempre.- Me arrepe di de ter falado aquilo, o mal humorado metido, retrucou de volta:
- Vai demorar... - E o outro rapaz deu uma cotovelada nele, de sentir até na alma - Nunca mais faça isso de novo em mim.
- Então pare, ela só está sendo gentil! - Ai nossa, ainda existi .pessoas boas neste mundo, pena que eu não acredito nisso.
- Não estou nem aí para essa garçonetezinha de quinta. - " Aii que estúpido! Quem ele pensa que é pra falar isso de mim?" Mas eu nao disse isso, apenas me dirigi a eles.
- Com licença. - E voltei a atender as mesas até nao sobrar mais ninguém e fui para casa.
Cheguei e me joguei na cama. Peguo um caderno qualquer que eu achei por ali e começo a escrever . Eu costumava a desabafar com músicas bem agitadas e altas, tipo rap e hip-hop internacional. Nunca gostei muito de sertanejo, tudo meloso pra mim é horrível. Não acredito em amor, por isso não namoro, sou livre, leve e soltaz mas também tem outros motivos menos importantes. Ou começo a escrever o que sinto ou penso, críticas muitas vezes, mas eu gosto de chamar de desabafo com um caderno meu, como eu não tenho amigos faço parecendonum diário:
"Oh eu de novo... Queria poder entender como as pessoas conseguem ter todo esse 'amor'. Não vejobmuita compaixão nelad. Na minha mãe nem se fale. Como ela consegue ter a capacidade de inventar um amor por alguém nunca visto? Como ela consegue dizer que ama se não ama nem a si mesma? Eu sei muito bem o que é amor para dizer que nem minha mãe, nem minha irmã tem. Acho que elas dependem do dinheiro para sobreviver. Lá vai ela arranjar mas um 'marido', ou capacho, como fica mas real..."
-Sttefany, abra essa porta !!! - Disse Emily do outro lado da porta. "Oh meu Pai, o que será dessa vez?! Não posso ter mais nem um minuto de paz? "
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Uma Vida Negativa
RomanceCriada por sua mãe, Liseh Sttefany Alonso leva a vida de uma 'empregada' qualquer na própria casa. Ela está siente que só havera isto em sua vida inteira. Até que sua mãe casa e ela consegue criar coragem para mudar seu futuro.