Um Dia Novamente

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Cheguei em casa guardei as coisas que eu havia levado para meu 'pique-nique'. Lavei tudo e arrumei as bagunças de ontem. Fui pra cama e me joguei nela, estava muito bom ter o conforto da minha preciosa cama. E quando olhei no despertador ao lado da minha cama, me deparei com ele marcando 4:56. Minha felicidade acabou. Desliguei o relógio e me joguei na cama. Um minuto deppis eu tava de pé, tomei banho e me arrumei pra escola. Mais um dia de tédio. Desci as escadas, não estou afim de encontrar ninguém, pego uma torrada coloco geleia de goiaba um pote de iogurte descartável e saio de casa.

Vou para qualquer lugar onde meus pés me levam,  mal vejo onde estou indo. Vejo um banco e umas árvores atrás do mesmo,  deduzi ser o parque. Me sentei e esperei a hora passar nao estou com cabeça pra enfrentar nada hoje, mas infelizmente eu tenho aula e nao posso faltar. Me levantei e ja são seis e meia. Fui para a bendita escola. Está tudo igual sempre. Nada acontece nem que eu queira, mas para minha surpresa, o garoto que havia me insustado na lanchonete na sexta feira parece que vai começar a estudar aqui. Vi com ele dois garotos, um deles era aquele que tinha os acompanhados e me defendido na sexta, mas o outro eu nao conhecia mas ja tinha o visto, provavelmente era um dos metidos da escola, me lembro dele ter me zuado uma vez.

Fui para minha sala e nada de diferente acontece, as atividades está muito fácil, é dificil eu achar alguma coisa tão dificil, então fui a primeira a terminar. Mostrei meu caderno pra professora que nem me olha mais surpresa.

   - Impressionante, você parece não se abalar com nada. Está sempre pronta pra tudo. | Eu acho que ela não gosta muito de mim. Ele sempre me despreza,  tenta me coloca pra baixo. Que bom que é geografia e só tenho duas aulas com ela.

   - Só tento ser eu mesma. | Respondi o mais sincera que posso ser. Afinal isso não é mentira mesmo.

   - Sentisse Srt. Alonso.

Ela está com uma cara de irritada. Vou me sentar e abaixo a cabeça. Nao tem tarefas mesmo, não posso fazer nada. Intervalo, peguei minha comida e fui sentar em uma mesa distante dos outros. Aula de português,  affs nao gosto mas tento fazer com que transpareça o contrário.

Saí da escola, nao estou a fim de aguenta ninguém, então me direcionei a uma das minhas lanchonetes favoritas aqui, o Bob's. Fiz meu pedido. Um copo extra grande de milkshake, uma porção de batatas frita, um sanduíche bem caprichado e de sobremesa o pote inteiro de sorvete de flocos e chocolate branco. Amo sorvete, amo flocos, amo chocolate branco, amo, definitivamente amo. Fui indo devagar para a lanchonete, não tinha chegado a hora do meu expediente. Então sentei-me numa mesa e pedi um copo de suco de laranja natural. Bebi, está uma delícia, do jeitinho e sabor que eu gosto. Só aqui fazem sucos assim, do meu gosto. De repente alguém entra. Não noto diferença, nem me preocupo.

   - Ei me trás mais um suco desses e deixa eu sentar aí.  | Ai, aquele metido de novo. Ele chega perto de mim e toma o meu copo da minha mão e se senta na minha frente.

   - Anda logo empregadinha. | Diz ele

Olho pro relógio,  faltava meia hora pro meu expediente. Me levantei da cadeira, me direcionei ao caixa e paguei 3:50 do meu suco. Voltei a mesa, me agachei em seu ouvido e falei:

   - Se quizer pedir, peça a uma garçonete ali óh! | e mostrei as garotas que estão escoradas no balcão. Pude sentir ele se arrepiar. Dei risada por dentro, saí dali e olho um única vez quando  estou fechando a porta. Ele está ainda meio confuso,  atordoado. Gargalhei e fui dar um volta pelo bairro.

Voltei em cima da hora, o ladrãozinho de suco e cadeira ainda está lá. 

   - Nossa demora tanto pra pedir um suco aqui?! | disse isso quando passei por ele. Ele me olho com um jeito desafiador, nem liguei. Fui até o escritório do meu chefe.

  - Com licença, não fui pra casa agora no almoço então eu vim saber se posso pegar um outro uniforme daqui pra trabalhar?

   - Claro,  me devolta assim que terminar seu expediente. | ele nem levantou os olhos quando eu entrei, ele deve ter reconhecido-me pela voz, sei lá. 

Fui me arrumar pra trabalhar, o ladrãozinho ainda está lá. Parado me olhando ainda parecendi que queria me desafiar. Olhei inocentemente pra ele e começei a dar risada. Peguei meu bloco de notas e fui na mesa dele.

  - O senhor deseja mais alguma coisa? Ou nosso atendimento o desagradou?

   - Eu quero que pare de se fazer de inocente, pois disso você nem tem cara. E só me traga a conta, oow desocupada.

Reviro os olhos e vou retirar sua conta. O resto do dia foi normal, até normal de mais. Mas nao pude evitar. É muito engraçada a cara que o ladrãozinho fez depois que eu sai daquele jeito, é muito top.

Saí cedo, 9:15 não tinha nenhum cliente, hoje é segunda também. Caminhei, caminhei. Não queria volta pra casa ainda. Estou a curtir e poder esquecer um pouco a minha mãe.  Dei a volta na cidade, está tudo muito sem graça hoje, vou no meu lugar cantinho de paz, o lago, mas antes passo em uma outra lanchonete e compro um refrigerante e dois lanches, os meus favoritos. Quando estou a caminhar me dá uma sensação estranha mas não ligo pra ela, pois ela sempre me leva a situações estranhas. Cheguei lá,  deitei em um dos troncos que tinha ali e fui olhar as estrelas. Não notei quando alguém se aproximou, estou quase dormindo e a pessoa senta atrás de mim, levanta mimha cabeça e coloca em seu colo. Olho pra cima e tem o mesmo olhar e formato da boca do rapaz que estava aqui comigo ontem. Fiquei olhando pra ele e ele pra mim, até que desviei os olhos para algo no lago.

   - Oi! | Ele me disse, era a mesma voz de ontem só que um pouco mais preocupada, diferente. Olhei novamente nos seus olhos e não trasmitiam aquele conforto, eles estam pesados e triste.

   - Oi!

   - Vim aqui com um amigo pra ele resolver uns problemas na outra casa ali perto, Aí eu dei uma escapadinha na esperança de te encontrar,  e olhe o que eu achei| ele mechi no meu cabelo.

   - Por que foi em bora ontem?

   - Não sei, só não queria mais ficar aqui. Essa não é a realidade onde eu estou acostumada a viver. | Ele me olha com compaixão. Um jeito estranho.  E foi se aproximando, de um jeito delicado, e me beijou. Esses lábios carnudos encostados nos meus, não pude deixar de ceder e começei a corresponder. É um beijo suava, tranquilo, calma, parecia que ele não queria me magoar. Coloquei minha mãos em seu rosto, depois subi até a nuca. Está tão bom, desejaria que isso nunca parace, que continuasse assim para sempre. Mas eu tenho vida, eu tenho objetivos para ir em frente. Mas é somente um beijo, vamos deixar rolar.

Dois minutos de beijo, um beijo quente mas ao mesmo tempo calmo. Poderia ter durado mais.

   - Desculpa, eu.... eu não tive a intenção. | Nossa ele pedindo desculpas é tão, tão fofo.

   - Não se preocupe. Um beijo não tira pedaços.

Nós começamos a dar risadaz sentei e ficamos olhando um para o outro.

   - O que aconteceu na casa que seu amigo está?

   - Parece que deram o sumiço de uma garota desde da noite passada. Tem polícia pra todo os lados. | Olhei desesperada pra ele,  acho que ele notou meu olhar.

   - Que casa que era? Como ela era? | Nossa, perguntando assim ele vai achar que aconteceu algo muito grave.

   - Calma espere. Ela é de um tom amarelo, bem grande. Com um jardim pequeno atrás.

   - Meus Deus. | estão me procurando. Ele se assustou. Levanta enquanto eu estou ajuntando a bagunça.

   - O que aconteceu? Por que ficou assim?

   - Preciso ir em bora. Adeus.

   - Não. Não vou deixar você ir em bora sem que me disser o seu nome.

   - Sttefany. Liseh Sttefany. Eu sou a garçonete que você defendeu do seu amiguinho metido a rico. E aquela casa é minha. | Começo a correr. Escuto um " O que? Espera"  mas não dou a mínima. Vou correndo para o outro lado. Não em direção da minha casa. Mas sim na direção oposta.

Uma Vida NegativaOnde histórias criam vida. Descubra agora