- Huun, que quarto arrumado, nem parece que você é quem arruma.
- O que você disse? | falo isso indo pra cima dele com um travesseiro, estamos tão íntimos nós três, que eles nem ligam para as minha brincadeiras bobas. Encontrei verdadeiros amigo agora. Ficamos deitados, conversando até quando Emily entra sem permissão no meu quarto.
- Ah, a indesejável já está em casa. E com quem não devia, não é? | Diz olhando com malícia para o Diogo, descobri o nome dele, ele falou enquanto eu batia com o travesseiro nele e o Rick foi ajudá-lo.
- Olha, cai fora do meu quarto, porque primeiro, você não tem permissão, e se eu estou com eles não lhe diz respeito. Agora saia.
- A rebelde se pronunciou. Novidade. A mamãe vai adorar saber disso.
- SAIA AGORA. | atiro na direção dela uma almofada, e corro fechar a porta. Sento atrás da mesma e coloco a cabeça entre as pernas. Não vou chorar, mas também está muito difícil aguentar isso sem colocar nada pra fora. É difícil ser a única a saber de toda a minha vida sem nem contar para ninguém.
- Não chora. Quer desabafar? Estamos aqui pra isso, somos seus amigos agora.
- Não precisa não Diogo, eu não vou chorar agora e também não estou afim de chorar contando essa história, noutra hora eu conto tudo. | Eles foram me abraçar e pude ver que agora, tenho os melhores amigos que alguém podia um dia ter.
Ficamos nos divertindo até escurecer e decidimos descer para comer, estamos mortos de fome. Minha mãe ainda está dando uns pegas no pai do Diogo, mas dessa vez, ela me viu. Olhou com um olhar de matadora mas não parou o beijo, o Diogo deve ter visto o que ela fez, por que me olhou com preocupação. Levantei a cabeça ao maximo que da pra ver os degraus e fui andando, nem olhei de novo para eles e entrei na cozinha. Emilly está no fogão fazendo brigadeiro, eu acho, não sei muito bem o que era aquela coisa.
- Oh meu bem, eu já estava indo te chamar, estou fazendo brigadeiro pra gente comer junto com um filme que eu comprei hoje, tenho certeza que é melhor do que ficar com essa desleixada.
- Não fala assim de mim, e desleixada é você que não faz nada e fica dependendo dos outros pra viver.
- Eu não dependo de ninguém pra viver...
- Não, imagina, você só depende do dinheiro dela.
- Idiota, eu não dependo de você. Acharia até melhor se você fosse embora logo e nunca mais voltasse.
- Ótimo, não se preocupa, vou ir e não volta rei mais. Trate de arranjar um otimo trabalho pra bancar sua queridinha mãe. | Pego um copo de leite e um pote de cereais e subo as escadas. Os meninos ficaram lá em baixo, mas eu não me importo. Sentei na frente do meu computador, liguei e fui ver as últimas notícias. Alguns caso e alguns sem muita importância. Deito na cama e fico olhando para o teto, já tinha acabado meus cereais, estava uma maravilha, muito bom.
- Posso ficar aqui? Se não se importar. É que está muito tarde e nao tem outro quarto. E o Rick pediu pra ficar no último quarto e pra mim vim pra cá pra você ver que eu não sou tão metido quanto pensa. | Isso me fez rir, o Diogo veio em livre espontânea vontade e eu já sei que ele não é igual ao pai dele.
- Pode entrar, mas vai ter que me ajudar a improvisar uma cama.
- Não tem problema, estou à disposição.
Ele é muito mais do que eu imaginei, ele é um amigo e tanto, rimos bastante e ele terminou de conta sobre sua mãe e seu pai, ele tinha um irmão mais novo, mas quando o menino completou 3 anos ele foi atropelado junto com a mãe, o pai dele nunca se preocupou tanto com eles por isso foi mais fácil de superar, mas ele entrou em depressão e ficou por cinco anos em tratamento. Um menino de nove anos com depressão logo após a perda das pessoas que ele mais amava, não deve ser nada fácil. Eu contei que meu pai era um excelente homem e que nunca tinha visto ele mais triste do que no dia em que Amanda me tirou dele. Não sei o que aconteceu com ele depois disso, ele não veio atrás de mim nenhuma vez, não faço ideia do que aconteceu mas mesmo assim sinto muita falta dele, ele foi a única pessoa que me deu amor, que sempre me amou, agora não sei se ele está vivo, se ele está bem, se ele sente minha falta, se ele está sozinho ou casado. Um dia eu vou procurar ele e vou achar, vou tirar todo o atrasado desses anos todos.
Fizemos uma cama ao lado da minha, colocamos uns colchonetes que achei pur aqui e alguns edredons. Peguei um travesseiro e meu cobertor e deitei no chão.
- Aah, nem querendo que eu vou deixar você dormir no chão enquanto eu aproveito essa delícia de cama aqui. Vem deita aqui comigo, a cama é grande o bastante pra nós dois. | Olhei desconfiada pra ele e ele percebeu por isso completou:
- Não se preocupa, somos apenas amigos. Não vou fazer nada prometo.
- Ta bom. Olha lá ein. | ele riu e sem fazer mais objeção fui deitar-me ao lado dele. Ele passou uma mão por cima da minha cintura, me assustei um pouco de início, ele deu mais uma risada e somos durmir de conchinha, talvez isso pareça mais vendo de outro lado, mas pra mim, ele só queria ser gentil. Não é por não querer me iludir, só não quero me magoar mais do que já estou, não estou pronta ainda para começar algo de novo, apesar, já nem acredito em amor mesmo.
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Uma Vida Negativa
RomanceCriada por sua mãe, Liseh Sttefany Alonso leva a vida de uma 'empregada' qualquer na própria casa. Ela está siente que só havera isto em sua vida inteira. Até que sua mãe casa e ela consegue criar coragem para mudar seu futuro.