XIII - Harry

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H.

Londres, 22h12min — Terça-feira.

Com muito custo, consegui levar Chantel para o quarto vago. Ela permanecia sentada no banquinho de bêbado que tinha nos banheiros da casa por cuidado, porque meus amigos e eu éramos uns bêbados e isso nos ajudava na hora de nos lavar. Molhava seu corpo com o chuveirinho e ela soluçava e grunhia de dor. Seu nariz vermelho e ferido, o verifiquei com cuidado para limpá-lo com o auxílio de um tecido úmido. Agora, ela estava na fase da negação, que era a pior de todas. Enrolei seu corpo nu na toalha e a sentei na cama porque ela não se mantinha sobre seus pés, estavam cortados e bem machucados. A vesti com uma blusa minha e uma cueca limpa.

— Harry, me desculpe. Não queria machucar sua namorada. — Chantel fungou limpando as lágrimas. — Você é a única pessoa que consigo voltar quando tenho um breakdown

— Chantel, só descanse e amanhã falamos. — coloquei suas pernas para cima depois de secá-las e a deitei na cama.

 Tinha esquecido como era fácil lidar com uma pessoa mais obediente. Chantel era o completo oposto de Iara, cooperava quando estava errada e sabia a hora de parar quando minha paciência se esgotava. Beijei sua testa por puro reflexo, uma medida de não fazê-la se sentir uma completa inútil. A cobri, apaguei as luzes e fechei a porta.

Suspirei colocando o óculos de volta no rosto e contei mentalmente, de frente para trás e detrás para frente antes de entrar no meu quarto. Iara se mantinha atenta na televisão que passava um episodio de um anime qualquer na Netflix, ela abraçava Pompom como um urso de pelúcia, fiquei uns segundos em pé esperando sua tempestade mas nada recebi. O máximo foi uma expressão tristonha e pude ver suas orbes irritadas. Ela tinha chorado. Imediatamente, me senti horrível por pensar mal de Iara. Ela era muitas coisas, amava me tirar do sério, porém, insensível e imatura eram coisas fora de questão. 

— Oi. — deitei atrás dela, aliviando ao sentir o calor do seu corpo. — Você ouviu, não foi?

Ela assentiu, ainda resistente ao meu toque. Massageei seus braços me esfregando mais em seu corpo em busca de abrigo.

— Quem é ela, Harry? — Iara desviou sua atenção de mim com sua expressão em confusão. — Por que ela me chamou daquelas coisas?

Pousei meu dedos no contorno da sua mandíbula a tocando, ela tinha sido afetada pelos xingamentos.

— Por que você disse que era dela mesmo depois de me propor até paternidade sobre minha filha? Você mentiu pra mim durante todo esse tempo?

— Olhe para mim. — pedi afetuoso e ela o fez. — Nunca, nem em um milhão de anos, duvide dos meus sentimentos e intenções com você. Tudo bem?

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