IV - Harry

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H.

Primeiramente, senti meu rosto esquentar. Minhas mãos suaram tanto que as esfreguei na minha calça branca, tentando de modo falho secá-las. Passei a língua pelos lábios para umedecer e tentar formular uma frase completa. Ridículo. Eu era ridiculamente patético.

— É... Eu...— - calei a boca assim que notei que não sairia nada de decente de mim. — Eu realmente não esperava que você fosse...

— Do tipo que tem atitude? — Iara completa a fala que deixei no ar. — Achei que você não fosse do tipo que tem medo de mulheres seguras de si.

Aquilo era algum resquício de desinteresse na sua voz? Iara permaneceu me olhando, sem falar nada. Quando o cigarro em seus dedos acabou, ela apagou a bituca ali na sacada mesmo e impulsionou seu corpo pra frente, pronta para sair.

— Ei. — segurei seu braço, a impedindo de avançar. — Não é isso, ok? É que você me deixa desconcertado... de um jeito bom.

Ela me fitava como se me lesse, analisasse meticulosamente. Suas mãos na cintura e minha mão envolvendo seu braço. Fechei o espaço entre nós, ficando ao seu lado, perto de sua orelha. Respirei fundo e soltei, sentindo seu cheiro. Desfrutei do cheiro de seu cabelo e permaneci com o nariz ali. Iara permanecia confortável.

— Se eu te beijar agora, você me deixa te levar pra casa? — propus, com a feição carregada de desejo.

Ela sabia que aquilo era um convite para passarmos a noite juntos, sem intervenção de Avan. Ela deveria voltar comigo.

— Depende do quão bom você for, Styles.

Segurei suas bochechas com uma só mão, deixando seus lábios formarem um bico. Iara sorriu e puxou meu corpo para o seu, abraçando minha cintura. Quando nossos narizes se tocaram, meu lábio inferior foi capturado por seus dentes, o puxando antes de iniciar o beijo. Inicialmente, nossos lábios se moviam um sobre o outro, se esfregando. Sua língua passou por toda extensão do meu lábio inferior, entrando na minha boca em seguida. Gemi de tão gostoso que foi aquilo. Minhas mãos seguravam suas bochechas enquanto meu corpo era prensado contra o seu. Sua perna direita subiu entre as minhas, roçando levemente em minha virilha. Com resto da minha sanidade que ficou - quando digo o resto, foi literalmente o resto -, afastei sua boca da minha. Infelizmente, era preciso ou iriamos protagonizar um filme adulto ali mesmo. Mas que porra de atração filha da puta.

— Se depois disso você disser que não posso te levar pra casa, então ninguém pode. — sussurrei admirando seu rosto.

— Acho que pulamos total a parte do flerte. — Iara riu, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

— Flerte, uhn? — sorri, beijando as costas da sua mão. — Acho que podemos fazer isso.

— Me sentiria lisonjeada se fosse cortejada por um homem bonito que nem você.

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