XV - Harry

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Iara passava um creme hidratante de cacau nas pernas enquanto eu a assistia, sedento, confesso. Ela tinha aproveitado bastante o dia com minha mãe e dona Lurdes no shopping. Compraram roupas, maquiagens, bijuterias e todas as coisas que quis. Ela e minha mãe estavam criando um elo muito bom em tão pouco tempo, o que era incrível para mim. Queria que as mulheres da minha vida se gostassem o tanto que gosto delas. 

— Você está uma gracinha maquiado assim. — Iara comentou sorrindo do trabalho da filha. 

Certamente, estava ridículo com chuquinhas na cabeça e sombra rosa nos olhos e um batom rosa Pink nos lábios, mas não cogitaria o tirar nem tão cedo pois Safyia havia se maquiado da mesma forma para ficarmos bonitos para sua mãe.

— Ela tem um senso estético muito sensível para sua idade, não me assustaria se virasse uma Naomi Campbell da moda. 

— Harry, ela só tem quatro anos e te usou de cobaia, não há senso estético nisso. — a morena gargalhou de mim, cobrindo a boca.

— A culpa não é minha se você não nos entende. Nós somos aquarianos, temos a arte aflorada em essência. — argumentei entrando na brincadeira.

— E a sua arte é a arte de ser palhaço de uma garotinha de quatro anos. 

Abri a boca encenando mágoa, ela se sentou no meu colo rodeando meu pescoço com os braços.

— Veja pelo lado bom, você é bonito demais para ficar feio usando qualquer coisa. — me deu um selinho demorado, me apertando mais. — Eu te comeria assim.

— Você me comeria de qualquer jeito porque é uma tarada. Aceite pois isto é o que você é, dona Iara. — toquei seu nariz.

Abracei sua cintura aproveitando do nosso momento a sós, a beijei ávido com saudade de seus lábios sobre os meus. Nossas línguas se tocavam misturando nosso gosto e minhas mãos entraram em seu roupão indo de encontro ao seus seios, estava ficando tão bom.

— O que vocês estão fazendo? — a pequenininha perguntou curiosa, tentando ver onde minhas mãos estavam.

Girei Iara em meu colo e ela deu um gritinho espantado, fechando seu roupão imediatamente e limpando a boca manchada de batom.

— Nós... é... — busquei por Iara com minhas orbes, tentando bolar uma argumentação que convencesse a criança ferrenha que possua seus bracinhos cruzados como Iara fazia quando estava irredutível.

— Ele estava ajudando a mamãe a se vestir, minha filha. — Iara se recompôs a pegando no colo. 

— Mas por que a boca dele tá borrada, então? — Safyia indagou colocando a bolsinha de brilho no ombro, que escorregava vez ou outra.

— É que a mamãe chegou muito perto e aí acabou esbarrando. — ela explicou pedindo minha ajuda.

— Mas ainda bem que você ainda tá com o batom, né? — tomei a fala agora, sendo o mais claro possível com minha pronúncia. — Já ia te chamar pra gente arrumar a mamãe também.

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