"Iara era uma mulher brasileira que conseguiu um intercâmbio de trabalho e foi para Londres. Sua vida era divertida, tinha amigos sinceros e sentimentos intensos. Harry era um artista mundialmente conhecido, trabalha como fotógrafo para Vogue e é um...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
H.
Londres, Sexta-feira.
19h32min.
Estar de volta me fez relembrar como era bom estar vivo novamente, toda vez que cantava, era como se colocasse todas as dores, angústias, medos para fora. Reencontrar Jack, Mitch, Joan e Peter foi, com toda certeza, um dos acertos mais em cheios que já ocorreu em minha vida. Depois de cumprimentar um por um dos amigos e familiares presentes, eles pediram para que cantássemos uma música que nem os tempos antigos de banda. Subi no palco que tinha no bar e cantei "FlyAway" do Lenny Kravitz, quando terminei, agradeci os aplausos curvado junto dos meus antigos companheiros de banda.
— Agora eu entendi o hype em cima do Harry Styles cantor, você fica de tirar o fôlego lá em cima. — Iara me recebeu sorrindo, dando pulinhos de entusiasmo. — A sua voz é linda.
Sorri mostrando minhas covinhas, eu estava adorável depois de cantar porque estava aceso e pronto para passar o noite lá em cima.
— Você não tem noção de como me sinto vivo, gatinha. Vocês acertaram em cheio na surpresa. Obrigado. — falei beijando seu pescoço durante o abraço.
Iara foi ao encontro de Jorja, que a chamou para cochichar sobre alguma coisa.
— Acho que também mereço um beijo, Puppy. — minha mãe estava linda com seus cabelos pretos preso em um coque quase chique demais para a ocasião, a calça colada e a blusa decotada a dava um ar tão menina no auge dos trinta que era fácil confundir qualquer um que sonhasse discutir sua idade. — Você estava divino, meu filho.
— Mãe. — saudei a abraçando firme, mal tínhamos partido de Holmes Chapel e a saudade já apertava. — Muito obrigado por ter vindo, sinto tanto a sua falta.
— Estávamos discutindo a possibilidade de virmos para Londres, acho que a cidadezinha pacata não se enquadra mais nos padrões da sua mãe. — Robin disse depois de beijar minha testa. — Ela fez o processo inverso da lei da vida, está rejuvenescendo.
— Bobo. — mamãe deu um tapinha no peito do marido, que riu leve segurando a barriga. — Gemma vai começar o doutorado na UCL na próxima semana e pensei que ficaríamos muito sozinhos isolados lá.
— E você sabe como Gemma e sua mãe são agarradas, né. — meu padrasto notificou, mais para cutucar minha mãe. — Mas, brincadeiras a parte, acho que irá nos fazer bem um pouco de jovialidade que Londres traz.
— Harry! — Gemma chegou animada, vindo até nós de mãos dadas junto de Claire, sua noiva. — Me desculpe o atraso, é que precisamos passar no novo apartamento para ver como estavam indo as coisas.
