T.1 - O nascido da dor

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Quem poderá julgar alguém que foi corrompido pela dor da perda? Quando o que você mais ama é arrancado de você a dor se espalha e desgasta sua alma, com o tempo vai se corrompendo e se tornando amargurado. As vezes às pessoas não são más, talvez elas só estejam destruídas por dentro.

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Na beira-mar de uma cidade litorânea chamada Lunea cresceria um garotinho com cabelos escorridos

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Na beira-mar de uma cidade litorânea chamada Lunea cresceria um garotinho com cabelos escorridos. Seus pais eram super humanos e como de se esperar seus descentes também seriam, logo, o garotinho nasceu com poder correndo pelas suas veias.

Mas nem tudo segue uma linha perfeita ou acaba de modo gratificante para todos, ter sangue de super humano é uma benção para muitos mas uma maldição para outros. O casal que acabará de ter um filho sangue do seu sangue sentiam-se pressionados a terem uma vida "humana" para o bem da sua criança, assim, juraram nunca usufruir dos seus poderes na frente do rapazinho para não influenciar o mesmo a usar também. O que resta saber era se ao crescer e descobrir o quão poderoso era, Pedro iria querer esconder-se de todos igual seus pais.

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Dezessete anos se passaram e Pedro ainda morava naquela casa no litoral com seus pais. A puberdade do garoto começou a alguns anos, tudo mudou na vida dele. Seus poderes ainda não tinham despertado e ele não fazia ideia do que era aquilo já que seus pais não usavam seus poderes e faziam de tudo para esconder dele a existência de super humanos.

Durante uma conversa com alguns amigos na escola foi posto a questionamento esse assunto, Pedro ficou totalmente perdido pois nunca tinha ouvido falar nesses tais "super humanos".

- Cara, é sério! Tem gente que consegue voar e soltar fogo pelas mãos - Disse o primeiro garoto de cabelos pretos, eufórico.

- Fala sério, eu queria ter super poderes! Imagina, você poderia ter o que quisesse ou quem quisesse - Outro garoto de cabelos loiros e olhos verdes que sentava de frente para Pedro se pronunciou, com um sorriso de canto.

- Bestas! Vocês viram o caso de duas irmãs num vilarejo próximo? Sinistro de mais, passou no jornal - Uma linda garota de cabelos ruivos que participava da conversa comentou enquanto olhava para Pedro. - Disseram que elas tentaram assassinar seus pais em casa enforcados em cipós das árvores e depois fugiram.

Em nenhum momento daquela conversa estranha o garoto se pronunciou, ele achava tudo aquilo uma loucura e era muita informação para absorver de uma vez. Preferiu somente ouvir tudo atento.

Mais tarde no caminho de casa ele pesquisou sobre os casos de super humanos e começou a se informar sobre. Chegando lá ele estava cheio de informações novas e queria muito compartilhar com seus pais na mesa de jantar, mas antes de entrar em casa, enquanto abria a porta um vento muito forte se deu. Por morar na beira da praia era normal ter muitos ventos, mas uma ventania como aquela Pedro nunca sentiu. Ele praticamente foi prensado contra a porta, sentindo seu corpo imóvel por alguns segundos. O vento era gélido, fez com que ele sentisse arrepios dos pés a cabeça.

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