T.2 - Sangue super humano

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Em pés na frente da porta de recepção da festa estavam um grupo de quatro homens, todos com vestes pretas e tatuagens espalhados por cada centímetro exposto de seus corpos. Suas expressões não eram nem um pouco amigáveis, eles se olharam e começaram a se espalhar pela festa como se procurassem algo ou alguém.

Pollar e Kendra se olharam e Kendra percebeu Pollar se encolhendo atrás dela, ficando cada vez menor e pálido.

- Kendra, me esconde - Ele implorou, falando baixo.

Kendra suspirou, negando com a cabeça e puxando ele pela gola da camisa.

- Vamos contar pra mamãe o que você fez, ela vai resolver isso. Afinal, ela sempre resolve suas burradas, né? - A garota revira os olhos.

- Você sabe que eu não queria fazer aquilo...

- É claro que você queria, me poupa! Você tem que crescer, já tem dezoito anos, tudo o que você faz tem consequências e principalmente por você ser um príncipe, uma figura pública, representante de Áurea...

- Tá bom, Kendra. Você não precisa bancar a cópia da mamãe agora - Pollar se soltou das mãos da sua irmã. - Eu vou resolver isso sozinho, afinal, você mesma disse que eu preciso crescer e que eu sou o príncipe, não é mesmo? - Pollar bufou. - Curta a festa irmãzinha, deixa que eu me viro sozinho. Se você quiser ajudar, não conte para a mamãe, ela já tem muitos problemas, não quero trazer mais um.

- Você deveria ter pensado nisso antes desses caras chegarem aqui.

- Como eu iria advinhar? - Pollar deu de ombros.

- E por causa disso provavelmente você arruinou a festa que a nossa tia organizou e teve a decência de nos convidar, parabéns, Pollar!

Kendra negou com a cabeça e saiu da companhia do irmão, deixando ele de fato sozinho. Pollar respirou fundo e pegou outra taça de champagne, tomando ela de um vez. Ele chacoalhou a cabeça em seguida e partiu para resolver suas pendências.

Os festeiros estavam tomando conta de todos os cômodos da casa com exceção dos quartos. Na área interna de lazer, tinha pessoas tomando banho de piscina e outras trocando beijos. A maioria dos moradores da mansão também estavam por ali, Stella propôs um jogo de "Eu nunca..." basicamente, alguém diria uma frase do tipo: "Eu nunca fiz isso ou aquilo", se alguém da roda já tivesse feito àquilo teria que virar um shot de vodka.

Stella sentou no sofá e convocou toda a galera. Calisto e Atlas estavam por perto e aceitaram jogar. Dante e Thuli cessaram os beijos e se juntaram também ao trio.

- Isso é um jogo? - A voz de Biana se fez presente. - Queremos participar.

Calista e Lótus acompanhavam Biana. Biana e Calista se sentaram no sofá também enquanto Stella servia os pequenos shots de vodka.

- A rainha vai jogar também? - Atlas pergunta, sorrindo.

- Eu não acho muito apropriado - Lótus sorri fraco, cruzando os braços.

- Parece que a rainha não quer jogar um joguinho bobo com a plebe - Stargirl revirou os olhos. - Cadê a antiga Lótus?

Lótus olhou Stargirl e encarou aquilo como um desafio, o que de fato foi. Lótus suspirou e sentou-se numa poltrona de frente para Thuli e Dante. Ela pediu para que Stella servisse mais um shot de vodka. A atitude de Lótus chamou a atenção dos demais do salão que fizeram um círculo de olhos curiosos ao redor dos jogadores.

Stella avisou que iria começar a jogada.

- Eu nunca... Matei alguém.

Todos os jogadores beberam seus shots ds vodka, no ramo deles matar alguém era uma das consequências e todos encaravam da forma mais natural possível.

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