13.

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    Cambaleei até o Jeep estacionado em frente ao assustador lugar onde Carter estava e ficaria por sabe-se lá quanto tempo. Minhas pernas pareciam feitas de gelatina, mal consegui me manter de pé ao sair da prisão, ao encarar meu reflexo no vidro da janela da picape ― onde Anna aguardava com os olhos fechados no banco do motorista ― notei minha extrema palidez. Umedeci meus lábios antes de abrir a porta.

Anna se despertou no susto.

― Oi! Tô acordada!

Tentei respondê-la, mas minha boca seca parecia incapaz de proferir uma palavra sequer. Assenti ao colocar o cinto de segurança.

― Como foi?

Suspirei, mordendo com força os lábios. ― Podemos ir embora?

Anna ficou em silêncio e não disse nada durante o trajeto de volta para Croyham. Agradeci mentalmente por isso, não conseguiria falar nada. Não sabia como processar a informação que Carter me deu, muito menos minha reação diante daquilo.

O Carl. Meu melhor amigo. Assassinado?

Não, não, não.

Minha cabeça parecia dar cambalhotas junto ao meu estômago.

― Para, para, para! ― gritei com as mãos sobre a barriga.

Anna freou o Jeep de imediato. Nossos corpos solavancaram para frente e antes mesmo da garota conseguir falar algo, eu abri a porta apressada e despejei tudo que havia comido naquela manhã ― o que não fora quase nada ― no mato à beira da estrada. Mesmo não sendo muito, meu corpo insistia em expelir todo e qualquer vestígio que encontrava em meu estômago. Senti Anna segurar meus cabelos para trás ao mesmo tempo em que eu tossia e cuspia uma última vez, limpando o canto da boca com as costas da mão. Anna me entregou uma garrafinha de água e dei dois goles generosos.

― Acho que a visita foi demais para você. ― Ela comentou, acariciando minhas costas com movimentos circulares.

Com certeza havia sido.

O caminho de volta foi mais lento, Anna tomava cuidado ao dirigir pra não provocar mais enjoos da minha parte. O que parecia impossível, afinal a cada maldito segundo meu interior se agitava e eu gemia, sentindo o gosto amargo novamente em minha boca.

Depois de torturantes quarenta minutos, finalmente tirei os tênis, os atirando por algum canto qualquer do quarto e deitei na cama. Não troquei palavras com Anna quando a garota me deixou em frente de casa, apenas a abracei forte, segurando as lágrimas ao fazê-lo. Ela deveria estar imaginando que estava naquele estado por ver Carter. O que não era completamente mentira. Mas o que me assustava era o que Carter revelara naquele dia.

Minha ansiedade não me deixou quieta. Segundos depois estava sentada no chão, as costas encostadas na cama e um amontoado de papéis ao meu redor. Equilibrava o notebook na coxa direita enquanto analisava algumas fotos que Carl tirara de Carter ano passado. Tomei um comprimido para aliviar o enjoo e bebericava um pouco de café, na tentativa de me manter desperta o máximo possível.

Stay Safe│Duologia Stay #2 [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora