2 Capitulo

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Oi leitoras, peço imensas desculpas pela demora. Sei que este capitulo já deveria estar postado a alguns dias mas só hoje o consegui acabar.

- 2 meses depois –

ANAID

Os meses passavam correndo e a cada dia o facto de que estava prestes a me tornar mãe se fazia mais presente. Agora que sabíamos o sexo dos bebes, era impossível proibir Isa de realizar suas compras tão esperadas.

Tinha passado por minha mente a possibilidade de arranjar uma casa só para mim e os bebes mas minha amiga ficou zangada e não me falou por uma semana, por isso tentei esquecer essa opção.

David tinha-me ligado varias vezes para ir visita-lo mas estava aproveitando, até os bebes nascerem, o tempo para adiantar os exames da escola e andava estudando tanto que ainda nem sabia como estava conseguindo aguentar. Isa acreditava que era um esforço desnecessário, pois podia sempre acabar o curso depois de os bebes nascerem mas eu não queria demorar mais anos, do que o necessário, para me formar.

A uma semana tinha feito uma nova ultrassonografia e desta vez foram Isa e Martin que me acompanharam. Isa começou a chorar no momento em que os bebes ficaram percetíveis no ecrã e assim que ouvimos os latidos de seus corações, Martin que já chorava, gritou: ISA FAZ-ME UM FILHO! O momento foi tão cômico que até mesmo os bebes se mexeram com força em meu ventre. Isa foi a única a não achar muita graça a seu pedido. Ela sempre foi uma pessoa muito carinhosa mas também se podia considerar uma durona que tem medo de mostrar seus próprios sentimentos e um bebe a destabilizaria completamente.

A doutora me avisou que os bebes com certeza nasceriam antes de chegar aos nove meses por isso aconselhou-me a tomar algumas pausas e descansar mais. Minha barriga de seis meses parecia que ia estourar a qualquer momento.

Hoje, finalmente, decidi ceder ao pedido de meu irmão e o convidei a ele e a Rosa a virem jantar ao apartamento. Eles aceitaram de bom grado. Optei por convidar Aitana e a pequena Magui mas a pobre senhora tinha um restaurante para gerir então recusou o pedido.

Estava preparando o jantar com a ajuda de Isa, que ficava sempre por perto com medo que alguma coisa pudesse acontecer e ela não estivesse por perto para me dar uma mãozinha. Martin que já tinha colocado os pratos na mesa, estava na margem da porta observando como preparávamos a comida, sempre criticando alguma coisa.

Já tínhamos a comida servida quando meu irmão e sua noiva chegaram. Nos sentamos a comer e a conversa fluiu agradável entre desporto, para os meninos, e nós meninas ficamos falando de como iriamos decorar o quarto dos bebes. Rosa se ofereceu para nos ajudar e decidimos marcar para ir as compras na próxima semana.

Quando estávamos comendo meu bolo de chocolate, decidi comunicar a notícia. Me levantei e esperei que acabassem de falar.

Ana – Bom eu tenho duas novidades para vos contar. – Anunciei e fiz uma longa pausa.

Isa – Conta lá de uma vez amiga. – Reclamou, impaciente.

Ana – Já escolhi o nome dos bebes.

David – E então? Como se vão chamar meus sobrinhos preferidos?

Rosa – São teus únicos sobrinhos. – Reclamou a namorada, dando-lhe uma cotovelada no braço.

Ana – Eu pensei muito e decidi escolher com o coração. Quero que o melhor para meus filhos e quero que eles sejam fortes e tão felizes quanto foram meus pais por isso decidi fazer uma pequena homenagem a eles. – Meu irmão e Isabel estavam visivelmente emocionados. – O pequeno Christian Miguel Gonçales e a doce Valentina Ainhoa Gonçales.

Meu irmão foi o primeiro a levantar-se e me abraçar com força.

David – Nem imaginas como isso me deixa feliz.

Depois de nos abraçarmos todos e de limparmos as lágrimas, voltamos a sentar-nos a mesa.

Ana – A segunda novidade que tenho uma proposta para cada um de vocês.

Isa – Diz de uma vez Ana. – Implicou.

Martin – Amor deixa-a falar. – Me defendeu.

Ana – Isa, Martin eu gostaria que vocês fossem os padrinhos de minha menina e Rosa e David fosse os do garotão. – Disse acariciando enquanto observava eles ficarem sem resposta. Me olhavam com os olhos e a boca bem aberta, fazendo-me rir.

Martin – É claro que aceitamos. Nada nos daria mais prazer. – Disse puxando-me para um abraço de urso. – Obrigada por me deixares fazer parte da vossa vida depois de tudo. – Sussurrou a meu ouvido e acariciou minha grande barriga. Mesmo sem dizer as palavras sabia perfeitamente ao que se estava referindo e nada me dava mais força que minha família estivesse para mim em aquele grande momento de minha vida. Ele tinha-se tornado meu segundo irmão e eu agradecia, cada dia, por ele ter entrado em minha vida.

ALEX

O natal tinha passado em uma contínua correria. Metade dos estudantes passavam suas horas de almoço estudando na biblioteca e a outra metade ficava brincando e pregando partidas aos colegas. Este ultimo era o caso de muitos de meus colegas de equipe. Estes jovens não passavam de um grupo de convencidos, cheios de dinheiro e a quem os papas podiam comprar tudo.

Continuávamos treinando até a exaustão pois só faltavam mais dois meses para as grandes finais. Estava dando tudo por tudo para conseguir fazer uma boa figura no campeonato; que sabe, alguma equipe internacional estivesse disposta a contratar-me.

Morria de saudade de minha família e amigos. A última vez que falei com minha mãe e Magui, a conversa foi relativamente curta e não tivemos tempo nem para despedidas. Minha pequena irmã se comportava em modo estranho quando falava comigo ao telefone e minha mãe tentava ser precisa e escolher cada uma das palavras que pronunciava.

Tinha tido uma breve ligação com Aisha mas ela inventava sempre a desculpa de estar muito ocupada e nunca ter tempo para nada.

Não voltei a ter qualquer contacto com Martin e Isabel. Acredito que me odiassem a morte. O pequeno rapaz que tinha crescido a meu lado durante anos, com certeza se sentia traído por meus comportamentos de puro covarde. Isa nunca iria querer olhar novamente para minha cara. Sua expressão de odio e repulsa na última vez que me viu, teve muitos significados para mim.

ANAID

O nome que continuava martelando em minha cabeça e que mesmo estando longe e sabendo que nunca mais a voltaria a ter entre meus braços, continuava-me dando força para lutar; para seguir meus sonhos.

O que acharam? Gostaram?

Valentina e Christian estão quase a chegar.

 

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Aproveito para agradecer todos aqueles que me ajudaram na escolha dos nomes. 

Amar para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora